Por outra análise da geografia agrária
decolonizando e racializando o espaço agrário brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT164107Resumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar uma breve análise teórico-crítico da produção do espaço agrário no Brasil por meio da discussão decolonial e racializadora que envolve a premissa da existência de uma negação histórica do direito à terra às populações negras. Busco construir um entendimento a partir da historicidade utilizando dos teóricos que se debruçaram para entender a colonialidade como um processo de legitimação de estruturas hegemônicas no qual impôs um modelo de civilização no mundo e nos espaços que negou direitos as populações não brancas. O estudo está dividido em três partes. A primeira introduz a proposta do estudo por meio do debate da construção da raça como um instrumento de dominação histórica. Na segunda parte apresento uma breve bibliografia pertinente à problemática da questão agrária mal resolvida no país e como a concentração de terras se inseriu como uma das origens das desigualdades raciais, enquanto a última apresento uma análise do perfil dos trabalhadores rurais no Brasil a partir da perspectiva racial e de gênero.