Saúde dos trabalhadores rurais migrantes nas cidades do agronegócio paulista
um relato sobre o adoecimento após a safra da laranja em Matão (SP) - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT143412Resumo
O artigo tem como proposta debater o processo de adoecimento de trabalhadores rurais migrantes da colheita de cítricos na Região Administrativa Central – São Paulo. Como estudo de caso nos debruçamos na análise de uma experiência de trabalho de campo com trabalhadores (as) da citricultura. Nossa hipótese é que a manutenção de longas jornadas de trabalho movidas por metas de produtividade estimuladas pelos contratos de trabalho por tempo determinado, aumenta a exposição dos (as) trabalhadores (as) a riscos de saúde. Uma das evidências mais preocupantes encontradas nos relatos dos mesmos foi o contato direto com agrotóxicos nas lavouras paulistas. A metodologia é qualitativa e utiliza-se de dados produzidos por meio de trabalho de campo, revisões e sistematizadas da literatura pertinente produzida na sociologia e geografia. Os resultados sinalizam os custos sociais da produção de commodities agrícolas no Brasil vivenciados pela mão-de-obra migrante de pequenas e médias cidades do semiárido nordestino.