Territórios camponeses no município de Paranã (TO)
luta e resistência da comunidade Angical
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT153525Resumo
Os camponeses, ao produzirem na terra, estabelecem um conjunto de relações sociais que apresentam características próprias. Neste sentido a formação socioespacial de uma comunidade camponesa envolve uma série de relações que ocorrem ao longo do tempo, cujas práticas camponesas se consolidam e produzem novos arranjos. Isso ocorre por meio da consolidação do modo de vida intrínseco à classe em lugares onde formam territórios por meio da conquista e resistência. Desse modo, o objetivo principal deste trabalho foi analisar o processo de formação territorial, as práticas produtivas e os elementos socioespaciais de resistência da Comunidade Angical em Paranã-To, frente às adversidades presentes na comunidade, por meio da análise de documentos, trabalho de campo, uso de entrevista semiestruturada e relatos orais. Observou-se que a existência e resistência do campesinato em Paranã-To se efetiva muito mais pelo protagonismo dos camponeses diante da necessidade de acesso e permanência na terra, que pelas possibilidades de reprodução social que as relações presentes no campo garantem, como também que o processo de formação e a permanência da Comunidade Angical em Paranã-To, envolvem questões específicas de luta e resistência.