Agroecologia e terriorialidades camponesas em Campo do Meio – MG
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT143407Resumo
Nesse trabalho é feita uma discussão sobre a luta pela reforma agrária em Campo do Meio, no Sul/Sudoeste de Minas Gerais, tendo o conceito de território, e mais especificamente a territorialidade, como lentes de análise. A importância desse tema reside no fato de que Campo do Meio possui um dos mais expressivos conflitos pela terra no Brasil atual, envolvendo o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e empresas vinculadas à Usina Ariadnópolis. Analisar as dinâmicas territoriais atinentes aos acampamentos e assentamentos rurais pode contribuir com a leitura sobre a possibilidade de a reforma agrária criar alternativas ao modelo do agronegócio canavieiro. Compuseram os procedimentos metodológicos: i) levantamento bibliográfico e documental; ii) trabalhos de campo em áreas de produção ou comercialização agroecológica coordenadas pelo MST e; iii) uso do Banco de Dados da Luta pela Terra (DATALUTA) e do Sistema de Recuperação Automática (SIDRA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para a interpretação da Questão Agrária no Sul/Sudoeste de Minas Gerais. Conclui-se que nos acampamentos e assentamentos coordenados pelo MST têm sido desenvolvidas territorialidades agroecológicas, o que demonstra o potencial da reforma agrária em contribuir para a soberania alimentar em âmbito regional.