Juventude rural e a (des)valorização da lógica camponesa nas escolas do NRE de Londrina
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT112510Resumo
O presente trabalho trata da análise da ordenação escolar que atende os alunos do campo em alguns estabelecimentos de ensino do norte do Paraná, pertencentes ao Núcleo Regional de Ensino (NRE) de Londrina. Leva em conta a percepção que a juventude camponesa tem sobre a influência da escola na decisão de permanecer no campo ou migrar para a cidade e os possíveis desdobramentos da condução da política educacional para esses jovens. Privilegiamos a variável educação, buscando identificar, na organização escolar para a juventude do campo, quais aspectos interferem na formação e nos horizontes destes estudantes promovidos por essa realidade. Considera-se a localização das escolas e ainda a organização político-pedagógica capazes de interferir no processo de formação e de valorização da identidade cultural, sabendo-se que tudo isso será parte da decisão de permanecer no campo ou de migrar. Nessa perspectiva, analisa-se a Educação do Campo como fator positivo para a resistência camponesa, portanto como vertente da questão agrária. Diante disso, analisa a busca da escolaridade pela juventude rural considerando os obstáculos inaugurados com a nucleação das escolas do campo e os limites e as possibilidades da implantação da Educação do Campo que atualmente se encontra em andamento.