Indústria florestal e acumulação por desapropriação na Argentina

o caso de Alto Paraná S.A. na Província de Misiones

Autores

  • Sebastián Gómez Lende Instituto de Geografía, Historia y Ciencias Sociales. CONICET/UNCPBA.

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT112202

Resumo

No período histórico contemporâneo, é imperativo reavaliar o papel das práticas predatórias do capitalismo. Os novos usos extrativistas do território incorporam diferentes formas do que David Harvey chamou de "acumulação por desapropriação". O objetivo deste artigo é mostrar que o recente boom da silvicultura e a indústria florestal na Argentina é uma forma acabada, completa e aperfeiçoada de acumulação por desapropriação. O estudo centra-se na principal província florestal do país (Misiones), e, especificamente, na empresa chilena Alto Paraná S.A. Para isso, foram utilizadas três categorias de análise: a mercantilização, privatização e concentração de terras e a expulsão de camponeses e indígenas; a espoliação e degradação dos ativos ambientais locais; e a poluição ambiental e a desapropriação do direito à saúde da população. Conclui-se que o modelo florestal serve os interesses de empresas estrangeiras e da ordem global, ao mesmo tempo que ameaça a racionalidade dos pequenos produtores, os camponeses, os povos indígenas e a população em geral.

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Publicado

02-12-2016

Como Citar

GÓMEZ LENDE, S. Indústria florestal e acumulação por desapropriação na Argentina: o caso de Alto Paraná S.A. na Província de Misiones. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 11, n. 22 Abr., 2016. DOI: 10.14393/RCT112202. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/31714. Acesso em: 13 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos