A vulnerabilidade e a resiliência da agricultura familiar em regiões semiáridas: o caso do Seridó Potiguar
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT81519590Palavras-chave:
Vulnerabilidade, Semiárido, Agricultura familiar, SeridóResumo
As condições climáticas e ambientais de aridez ou semiaridez afetam a produção agrícola e criam uma situação de vulnerabilidade para as populações rurais dos países subdesenvolvidos. Nesse sentido, buscou-se, no presente estudo, compreender a vulnerabilidade da agricultura familiar aos fatores climáticos e ambientais do semiárido através da pesquisa em 29 comunidades da região do Seridó do Rio Grande do Norte. Foram analisados diferentes elementos socioeconômicos e ambientais considerando que a vulnerabilidade é determinada por fatores de exposição, sensibilidade e resiliência do sistema socioecológico. Identificou-se que a escassez de recursos hídricos, aliada à degradação ambiental, transforma o Seridó numa região naturalmente limitada para a agricultura. Outros fatores como o tamanho reduzido das propriedades, a falta de recursos e de assistência técnica, e o baixo nível de escolaridade limitam consideravelmente a capacidade de resiliência. Assim, em períodos de ocorrência de secas, estiagens ou enchentes, a produção agrícola é altamente prejudicada. As alternativas de adaptação encontradas por agricultores passam pela: redução da produção agrícola, migração dos jovens para as áreas urbanas do Estado e obtenção de renda fora da propriedade. Por fim, acredita-se que este estudo pode colaborar para a compreensão das características da vulnerabilidade da agricultura familiar do Seridó e auxiliar a busca por alternativas que sejam coerentes com as necessidades dos agricultores e com as peculiaridades ambientais do semiárido.
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