Municípios pequenos e deprimidos no Sudoeste Goiano: “os hipócritas roubam a cena”

Autores

  • Michel Rezende da Silveira Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Campus Iporá
  • Celene Cunha Monteiro Antunes Barreira Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT71313758

Palavras-chave:

Municípios pequenos, Regionalização e Políticas Públicas, Região Sudoeste do Estado de Goiás

Resumo

O objetivo desse artigo é discorrer sobre o tema municípios pequenos e deprimidos no Estado de Goiás, utilizando como objeto de estudo a região de planejamento Sudoeste Goiano. A tese central é que a interveniência do Estado na geração de mecanismos de regionalização e construção de políticas públicas mascara a realidade quando descreve, por exemplo, o sudoeste goiano como a região mais rica de Goiás, sem colocar em pauta as profundas diferenças entre os municípios que a compõem. Assim, afirma-se que "os hipócritas roubam a cena", sendo representados pelos atores - locais, regionais, estaduais, nacionais e internacionais - que usufruem das benesses da região, divulgando a riqueza e prosperidade do sudoeste e acobertando a drenagem de capital dos municípios pequenos - por meio da utilização de seu solo altamente produtivo e valorizado. Tal fato deixa a população e a administração pública com os mesmos problemas verificados na região norte de Goiás. Por isso, propomos que o pensar das regionalizações deixe de se concentrar em regiões e passe a ser considerado a partir dos municípios que centralizam os serviços ou, nas palavras de Chaveiro (2010), aquelas cidades que polarizam os pequenos municípios de seu entorno como se formassem, junto a eles, aureolas manchada de pequenos pontos por meio da oferta de serviços.

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Publicado

23-02-2012

Como Citar

SILVEIRA, M. R. da; BARREIRA, C. C. M. A. Municípios pequenos e deprimidos no Sudoeste Goiano: “os hipócritas roubam a cena” . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 7, n. 13 Fev., p. 169–187, 2012. DOI: 10.14393/RCT71313758. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/13758. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos