SANTUÁRIO FABRICADO: UMA TIPOLOGIA E UM ESTUDO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG217852772Palavras-chave:
Santuário Fabricado, Peregrinação, Geografia CulturalResumo
O presente artigo apresenta uma discussão acerca do conceito de santuário fabricado, fruto de quatro anos de pesquisa em curso de doutoramento em Geografia, com foco em Geografia Cultural. A pesquisa tem como área de enfoque a região sul do Brasil, tendo sido catalogados 101 santuários oficiais católicos. Metodologicamente, no que diz respeito a promoção da referida tese de doutoramento, realizou-se um levantamento do quadro de santuários oficiais presentes no sul brasileiro, aplicou-se questionário, fez-se entrevista e pesquisa em sites, artigos e livros. A necessidade de se trabalhar com o referido tema se justifica pela dificuldade de aplicação do conceito de santuário à realidade de alguns espaços sacroprofanos interdependentes (LIMA,2016), com base no código de direito canônico número 1230 e em autores que estudam ou estudaram o conceito de santuário, como Rubert (1987), Santos (2008) e Rosendahl (1996, 2014). Percebeu-se que, aos santuários fabricados, é inviável igualá-los conceitualmente a outros complexos sacroprofanos interdependentes: as características são signicamente distintas, desde o movimento de peregrinos à dinamização e organização espacial, ritual e turística do complexo, o que envolve seu espaço de entorno, mas também sua territorialização. Além disso, no santuário fabricado não há peregrinação ou esta ocorre de forma ínfima.
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