INTERAÇÃO N͍VEL DE BASE E DISSECAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO SUDESTE DE MINAS GERAIS - BRASIL

Autores

  • Breno Ribeiro Marent Programa de Pós-Graduação em Geografia / UFMG
  • Roberto Célio Valadão Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Geografia http://orcid.org/0000-0003-3449-7628
  • Luiz Augusto Manfré Departamento de Engenharia de Transportes / USP
  • Rodrigo Affonso de Albuquerque Nóbrega Departamento de Cartografia / UFMG
  • Renata Jordan Henriques Programa de Pós-Graduação em Geografia / UFMG

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG196815

Resumo

As bacias hidrográficas da porção oriental do território brasileiro apresentam marcante discrepância escalar dimensional. Aquelas bacias voltadas para o interior continental apresentam grandes extensões, distinguindo-se daquelas costeiras de menor área drenada. Esses grupamentos de bacias são separados por um Grande Escarpamento, herança de processos tectônicos e denudacionais mesocenozoicos. No sudeste de Minas Gerais esse escarpamento separa bacias ajustadas e organizadas, em planta e perfil, a degraus escalonados aqui reconhecidos e mapeados mediante geotecnologias. A geomorfodinâmica vigente nesses degraus responde a distintos níveis de base, de modo que as análises efetivadas neste trabalho se fundamentam na elaboração de mapeamentos que demonstram a estreita relação entre a dimensão regional do relevo e a organização da rede de drenagem. Conclui-se aqui que, além de os distintos níveis de base condicionarem fortemente a denudação continental no sudeste mineiro, o Grande Escarpamento configura importante fronteira que individualiza domínios geomorfológicos em que vigoram condições discrepantes quanto ao comportamento espaço-temporal da incisão da rede hidrográfica regional. Nas bacias interiores os canais fluviais revelam desníveis altimétricos significativamente menores que aqueles das bacias que se dirigem diretamente para o oceano. Naquelas bacias costeiras, a dissecação do relevo está organizada segundo degraus escalonados de extensão sub-regional, ausentes nas bacias interiores.

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Biografia do Autor

Roberto Célio Valadão, Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Geociências Departamento de Geografia

Geógrafo pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em 1986, desenvolveu estudos de aperfeiçoamento em Geomorfologia e Sedimentologia nessa mesma instituição em 1987. Atuou como geógrafo, em 1988, na Leme Engenharia, onde esteve envolvido com a avaliação de impactos ambientais em bacias hidrográficas contribuintes de futuros reservatórios destinados à produção de energia hidrelétrica. Na Universidade Federal da Bahia (IGEO/UFBA) obteve os títulos de Mestre (1991) e Doutor (1998) em Geologia Sedimentar, onde, em aproximação mais estreita com o conhecimento geológico, desenvolveu estudos sedimentológicos em sequências estratigráficas em bacia petrolífera, como também investigações vinculadas à megageomorfologia do Brasil oriental, com destacado interesse em paleosuperfícies, nos processos de denudação continental e nas manifestações neotectônicas intraplaca. Mediante concurso público de provas e títulos ingressou na carreira docente na UFMG em 1990, onde até hoje está lotado no Departamento de Geografia. Nessa IFES estiveram sob sua coordenação, durante 16 anos consecutivos, os trabalhos de elaboração e avaliação das provas de Geografia de seu exame vestibular. Desde então, a aproximação do docente de temáticas vinculadas à Geografia Escolar, tem possibilitado seu desempenho profissional-acadêmico em áreas aparentemente distintas, mas que, uma vez fundamentadas em construções epistêmicas próprias da ciência geográfica, revelam-se complementares e se retroalimentam, a saber: as Geociências; a Geografia Física - com destaque para os estudos geomorfológicos em múltiplas escalas espaçotemporais -; a Geografia Escolar, essa última notadamente enfocada sob a perspectiva da avaliação sistêmica. Tem utilizado de sua expertise nessas áreas na orientação de dissertações e teses no contexto do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFMG, bem como na oferta de disciplinas nos cursos de pós-graduação (Mestrado e Doutorado) e graduação, esse último nas modalidades presencial e à distância.

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Publicado

19-12-2018

Como Citar

MARENT, B. R.; VALADÃO, R. C.; MANFRÉ, L. A.; ALBUQUERQUE NÓBREGA, R. A. de; HENRIQUES, R. J. INTERAÇÃO N͍VEL DE BASE E DISSECAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO SUDESTE DE MINAS GERAIS - BRASIL. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 19, n. 68, p. 215–232, 2018. DOI: 10.14393/RCG196815. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/40512. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos