INTERAÇÃO NÍVEL DE BASE E DISSECAÇÃO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS NO SUDESTE DE MINAS GERAIS - BRASIL
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG196815Resumo
As bacias hidrográficas da porção oriental do território brasileiro apresentam marcante discrepância escalar dimensional. Aquelas bacias voltadas para o interior continental apresentam grandes extensões, distinguindo-se daquelas costeiras de menor área drenada. Esses grupamentos de bacias são separados por um Grande Escarpamento, herança de processos tectônicos e denudacionais mesocenozoicos. No sudeste de Minas Gerais esse escarpamento separa bacias ajustadas e organizadas, em planta e perfil, a degraus escalonados aqui reconhecidos e mapeados mediante geotecnologias. A geomorfodinâmica vigente nesses degraus responde a distintos níveis de base, de modo que as análises efetivadas neste trabalho se fundamentam na elaboração de mapeamentos que demonstram a estreita relação entre a dimensão regional do relevo e a organização da rede de drenagem. Conclui-se aqui que, além de os distintos níveis de base condicionarem fortemente a denudação continental no sudeste mineiro, o Grande Escarpamento configura importante fronteira que individualiza domínios geomorfológicos em que vigoram condições discrepantes quanto ao comportamento espaço-temporal da incisão da rede hidrográfica regional. Nas bacias interiores os canais fluviais revelam desníveis altimétricos significativamente menores que aqueles das bacias que se dirigem diretamente para o oceano. Naquelas bacias costeiras, a dissecação do relevo está organizada segundo degraus escalonados de extensão sub-regional, ausentes nas bacias interiores.
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