CIDADE E FAVELA: TRANSESCALARIDADE DAS DISPARIDADES SOCIAIS?
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG186312Palavras-chave:
Rio de Janeiro, Favelas, Escala geográfica.Resumo
No Rio de Janeiro e no Brasil em geral, o senso comum aponta as favelas como o lugar urbano da pobreza e das baixas condições de vida, por excelência. De fato, quando os dados censitários são analisados na escala do município como um todo, as favelas sobressaem como bolsões de pobreza. No entanto, essa não é a única maneira de examinar a questão. Quando restringimos a abrangência da análise quantitativa aos limites de uma favela, o que emerge é um mosaico de áreas sociais análogo ao mosaico observado na escala da cidade. Examinando os casos do Complexo do Alemão e da Rocinha, as duas maiores favelas cariocas, a presente investigação busca mostrar que as disparidades socioespaciais da cidade se reproduzem nas favelas. Para isso, aplicamos o índice de Moran aos dados do IBGE ao nível de setores censitários, de forma a identificar agrupamentos espaciais de maior e menor renda dentro de cada favela; a seguir, usamos esses agrupamentos para analisar variáveis relacionadas à infraestrutura, alfabetização cor/raça, entre outras. Essa análise permite concluir que tanto o Complexo do Alemão quanto a Rocinha são espaços social e economicamente desiguais, de maneira comparável à cidade do Rio de Janeiro como um todo.
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