ANÁLISE DA PAISAGEM DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALMADA (BA) COM BASE NA FRAGMENTAÇÃO DA VEGETAÇÃO

Autores

  • Maria Eugênia Bruck de Moraes Doutora em Ecologia - UFSCar Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Ronaldo Lima Gomes Doutor em Geotecnia - USP Universidade Estadual de Santa Cruz
  • Julien Marius Reis Thévenin Mestre em Geografia
  • Gilson Santos Silva Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente Universidade Estadual de Sant
  • Waleska Ribeiro Caldas da Costa Viana Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente Universidade Estadual de Sant

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG134116490

Palavras-chave:

Ecologia da Paisagem, Bacia Hidrográfica, Fragmentação, Mata Atlântica

Resumo

O estudo da fragmentação da paisagem em uma bacia é de extrema importância por avaliar o status de conservação da vegetação, um recurso essencial para a manutenção da qualidade da água. O presente trabalho apresenta uma análise da fragmentação da paisagem na Bacia Hidrográfica do Rio Almada, localizada no sul da Bahia, abrangendo 9 municípios parcialmente abastecidos pela água desta bacia. Foi realizado o mapeamento dos fragmentos florestais que apresentaram área mínima de 3ha, com base na interpretação da Carta de Uso e Cobertura do Solo elaborada através da classificação supervisionada de imagens Landsat. Para a análise dos fragmentos foram adotadas 5 métricas da paisagem: tamanho, formato, efeito de borda, isolamento e conectividade. Os resultados obtidos demonstram que a BHRA ainda abriga fragmentos bastante representativos, visto que dos 58 fragmentos identificados, 8 têm área acima de 300ha, 20 entre 100 e 300ha, 21 entre 30 e 100ha e 9 entre 3 e 30ha. Com relação ao formato dos fragmentos, constatou-se que apenas 10% dos mesmos apresentam forma circular, indicando que os 90% restantes encontram-se susceptíveis ao efeito de borda, sendo que os mais alongados estão localizados no interior da bacia, provavelmente em função do avanço da pecuária extensiva nessa direção. E quanto ao isolamento dos fragmentos, a análise da conectividade com borda expandida, através de simulações, permitiu identificar que a partir da distância de 200m, 31 dos fragmentos poderiam ser conectados. Assim, pôde-se concluir que o somatório destes fragmentos, caso fossem devidamente conectados, representaria uma área de significativo valor para a conservação de espécies típicas da mata atlântica e, consequentemente, para a manutenção da qualidade da água desta bacia.

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Biografia do Autor

Maria Eugênia Bruck de Moraes, Doutora em Ecologia - UFSCar Universidade Estadual de Santa Cruz

Possui graduação em Ecologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1993), mestrado em Ciências da Engenharia Ambiental pela Universidade de São Paulo (1998), doutorado em Ecologia e Recursos Naturais pela Universidade Federal de São Carlos (2003) e pós-doutorado em Análise e Planejamento Ambiental pela Universidade Federal de São Carlos. Atualmente é Professora Titular do Departamento de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Santa Cruz. Tem experiência na área de Ciências Ambientais e Geografia Física, com ênfase em Análise e Planejamento Ambiental de Bacias Hidrográficas, atuando principalmente nos seguintes temas: ecologia da paisagem, planejamento urbano, geoprocessamento e manejo de bacias hidrográficas.

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Publicado

15-03-2012

Como Citar

DE MORAES, M. E. B.; GOMES, R. L.; THÉVENIN, J. M. R.; SILVA, G. S.; VIANA, W. R. C. da C. ANÁLISE DA PAISAGEM DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO ALMADA (BA) COM BASE NA FRAGMENTAÇÃO DA VEGETAÇÃO. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 13, n. 41, p. 159–169, 2012. DOI: 10.14393/RCG134116490. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/16490. Acesso em: 29 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos