VARIABILIDADE DO BALANÇO DE RADIAÇÃO EM ÁREA DESMATADA NO SEMIÁRIDO DE ALAGOAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG2610472768

Palavras-chave:

Saldo de radiação, Desmatamento, Sertão, Caatinga

Resumo

O objetivo foi avaliar as componentes do balanço de radiação em uma área de Caatinga desmatada e não utilizada para fins agropecuário. Realizada na Fazenda Mourão (09º42,664’ S; 37º25,008’ W; 165m), município de Pão de Açúcar, Sertão de Alagoas, no período entre novembro/2020 a maio/2023, com monitoramento micrometeorológico das componentes do balanço de radiação. Constatou-se alta variação nos valores médios horários do albedo, cujas médias na estação seca foram menores do que na chuvosa. Com a retirada total da vegetação detectou-se um incremento médio de 91,19% na radiação solar refletida (Rr) e aumento no albedo para 0,21 (acréscimo de 50%). Apesar das oscilações de radiação de ondas longas atmosféricas (Ra) e superfície (Rs), o balanço de ondas longas (BOL) foi sempre negativo, pois depende da temperatura da superfície e nebulosidade/precipitação, uma vez que o mesmo variou de -69,0 W.m-2 na estação seca para -54,06 W m-2 na chuvosa. A distribuição média horária do saldo de radiação (Rn) mostra basicamente o mesmo padrão da radiação solar global (Rg), refletida (Rr) e balanço de radiação de ondas curtas (BOC). Quando se desmata a Caatinga tem-se uma diminuição de 7,02% no BOC, incremento de 37,08% no BOL e redução de 13,28% no Rn.

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Biografia do Autor

  • Mattheus de Melo Queiroz, Universidade Federal de Alagoas

    Graduando em meteorologia bacharelado pelo Instituto de Ciências Atmosféricas/UFAL

  • Rosiberto Salustiano da Silva Junior, Universidade Federal de Alagoas

    Professor Nível Associado do Instituto de Ciências atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas, com os títulos de Bacharel e Mestre em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2001) e e Doutor em Meteorologia pela Universidade de São Paulo (2009). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em climatologia, modelos atmosféricos, poluição atmosférica e energias renováveis.

  • Luan Santos de Oliveira Silva, Universidade Federal de Alagoas

    Graduando em Meteorologia pelo Instituto de Ciências Atmosféricas na Universidade Federal de Alagoas.

  • Carlos Alexandre Santos Querino, Universidade Federal do Amazonas

    Professor Adjunto da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, vinculado Instituto de Educação Agricultura e Ambiente - IEAA. Possui graduação e mestrado em meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e (2006), Doutorado em Física Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016) e Pós-doutorado em Ciências Ambientais pela UFG. Tem experiência na área de Geociências (Meteorologia), com destaque em Radiação Solar, Micrometeorologia e Climatologia.

  • Marcos Antonio Lima Moura, Universidade Federal de Alagoas

    Professor Titular do Instituto de Ciências Atmosféricas da Universidade Federal de Alagoas. Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (1984), Estudos de Aprofundamento em Meteorologia no Instituto de Meteorologia da Universidade de Hannover (Alemanha) com Especialização em Recursos Hídricos pela Universidade de Hannover (Alemanha) entre 1986 e 1989, Mestrado (1992) e Doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Tem experiência na área de Ciências Ambientais, com ênfase em Micrometeorologia de Ecossistemas Ameaçados (Mata Atlântica, Amazônia e Caatinga), mas com foco em Mudanças Climáticas e Radiação Solar, atuando principalmente nos seguintes temas: Ambientes Estuarinos, Mata Atlântica, Floresta Amazônica e Caatinga.

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Publicado

07-04-2025

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

QUEIROZ, Mattheus de Melo; SILVA JUNIOR, Rosiberto Salustiano da; SILVA, Luan Santos de Oliveira; QUERINO, Carlos Alexandre Santos; MOURA, Marcos Antonio Lima. VARIABILIDADE DO BALANÇO DE RADIAÇÃO EM ÁREA DESMATADA NO SEMIÁRIDO DE ALAGOAS. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 26, n. 104, p. 1–14, 2025. DOI: 10.14393/RCG2610472768. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/72768. Acesso em: 5 dez. 2025.