PARA ALÉM DA SEGURANÇA ALIMENTAR: OS PROGRAMAS DE CISTERNAS SOB A ÓTICA DA COLONIALIDADE/DECOLONIALIDADE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG2510071137Palavras-chave:
Desenvolvimento, Agricultura familiar, P1 2, Água, AlimentoResumo
Os programas de cisternas, desenvolvidos na região do Nordeste brasileiro, orientam-se por um conjunto de princípios expressos na noção de Convivência com o Semiárido que preconiza uma relação mais equilibrada entre meio ambiente e sociedade em que a valorização dos saberes locais e a aprendizagem coletiva constituem instrumentos de emancipação e autonomia. Este artigo objetivou analisar em que medida o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2) contribuiu para forjar novas práticas, percepções e vínculos com o território (decolonialidades) a partir do acesso à água e ao alimento. Para tanto, além de revisão de literatura, foram realizadas entrevistas com representantes de duas entidades executoras do Programa e com 42 famílias beneficiadas pelo mesmo, no território Sertão do Apodi/RN. Constatou-se que o programa ao ampliar o acesso à água e ao alimento, não apenas promoveu a segurança alimentar das famílias, mas constituiu-se como instrumento de resistência às formas hegemônicas do poder, do saber e do ser. O desmonte dessa política buscou neutralizar essas resistências e impossibilitar os sujeitos de expandirem suas capacidades.
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