MAPEAMENTO DE QUEIMADAS COMO SUBSÍDIO À GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO CERRADO: O CASO DO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS (MG - BRASIL)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG249668866

Palavras-chave:

Unidade de conservação, Uso e cobertura da terra, Sensoriamento remoto

Resumo

No Cerrado, a ocorrência de queimadas é alta e frequente devido à supressão da vegetação nativa para a expansão agrícola, atividades agropecuárias e incêndios associados à fenômenos naturais. Assim, esta pesquisa realizou o mapeamento multitemporal das queimadas no Parque Nacional das Sempre-Vivas (MG) e áreas adjacentes, com área total de 1241,06 km², localizado nos municípios de Olhos d’Água, Bocaiúva, Diamantina e Buenópolis. Para isso, foram utilizados sensores remotos Thematic Mapper (TM) do Landsat-5, Operational Land Imager (OLI) do Landsat-8 e o Linear Imaging Self-Scanner (LISSIII) do Resourcesat-1 para o mapeamento das áreas queimadas entre 1985 e 2019. As queimadas foram analisadas em conjunto com dados de precipitação e dados de uso e cobertura da terra para estabelecer as relações entre queimadas e condições meteorológicas/uso e cobertura da terra. Os resultados mostram que ocorreu aumento de 14% na ocorrência de queimadas nesses 34 anos e uma redução de 48% em relação aos anos anteriores à criação do parque, em 2002. E ainda, mostram que a Formação Savânica, Formação Campestre, Pastagem e Formação Florestal foram afetadas por queimadas nos últimos 34 anos, totalizando 2.369,41 km², 1.108,87 km², 502,63 km² e 198,35 km², respectivamente. Este estudo pode auxiliar na elaboração de um plano de ações que inclua a comunidade local no planejamento e na gestão do Parque, a recuperação de áreas queimadas e o controle dos incêndios nestas áreas.

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Biografia do Autor

Shayene Bernardo Dutra, Universidade Federal de São João del Rei

Tem formação acadêmica na área Geografia Bacharel (UFSJ 2014-2017) e Licenciatura (UFSJ 2018-2021) pela Universidade Federal de São João del Rei. Mestre em Geografia pela Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ 2018-2021) na linha de pesquisa Dinâmica das Paisagens Tropicais. Atualmente é doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo (USP 2021- Atual). Possui experiência na área de Geografia e Geociências, atuando principalmente com o sensoriamento remoto, geoprocessamento, análise ambiental, uso e ocupação da terra, desmatamentos e queimadas. Participou de projetos como o projeto de Iniciação Cientifica intitulado "Relação Entre Usos da Terra, Queimadas e Dinâmica da Erosão no Parque Indígena do Xingu"(2017- 2018) e o projeto "Relação Entre Usos da Terra, Supressão da Mata Ciliar e Dinâmica da Erosão ao Longo do Baixo Rio Mearim" (2016-2017). Além desses projetos, participou do "Plano Integrado de Resíduos Sólidos para o Consórcio Intermunicipal de Gestão e Desenvolvimento Ambiental Sustentável das Vertentes - CIGEDAS Vertentes" (2015-2016), do projeto "Desenvolvimento de mapas cartográficos como subsídio ao turismo em três unidades de conservação de Minas Gerais" (2019-atual) e do projeto "Mecanismo para a detecção da severidade dos incêndios florestais e do aumento da intensidade da potência radiativa do fogo como fator de tomada de decisão" (2021-atual). Ainda foi monitora na graduação das disciplinas de Introdução ao Geoprocessamento (20 hrs) no primeiro semestre de 2016, Hidrologia e Recursos Hídricos (12 hrs) no segundo semestre de 2016, Planejamento Ambiental (12 hrs) no primeiro semestre de 2017 e Introdução ao Geoprocessamento (12 hrs) no primeiro semestre de 2018, e na pós-graduação realizou estágio de docência na disciplina Geografia e Turismo (72 hrs).

Francielle da Silva Cardozo, Universidade Federal de São João del Rei

Possui curso técnico em Meio Ambiente pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina - IFSC/SC (2004). Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC (2005). É mestre em Geografia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC (2009). É doutora em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (2014). Possui Pós-Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) onde trabalhou com a validação de modelos numéricos de qualidade do ar. Possui experiência na área de Geografia e Geociências, atuando principalmente com o sensoriamento remoto, geoprocessamento, áreas de risco, análise ambiental, uso e ocupação da terra, desmatamentos, áreas agrícolas, modelagem e queimadas. Atuou como pesquisadora visitante na Goddard Space Flight Center (NASA) com a identificação e análise da injeção de plumas de fumaça provenientes das queimadas e atualmente é Professora Colaboradora no Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ). 

Gabriel Pereira, Universidade Federal de São João del Rei

Possui graduação em Geografia pela Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC, 2004), mestrado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2008), doutorado em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (USP, 2012), doutorado em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2013) e pós-doutorado no Goddard Space Flight Center da National Aeronautics and Space Administration (GSFC/NASA, 2017). Atualmente é professor da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) no departamento de Geociências (DEGEO) e ministra disciplinas de climatologia, sensoriamento remoto e geoprocessamento. Atua como pesquisador associado no Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces (GMAI) do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/INPE) e participa como professor efetivo dos programas de Pós-Graduação em Geografia da UFSJ (PPGeog/UFSJ) e em Geografia Física da USP (PPGF/USP). Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Climatologia e Sensoriamento Remoto, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem climática, estimativa de emissões de gases do efeito estufa, energia radiativa do fogo, geoprocessamento e análise ambiental.

Guilherme Augusto Verola Mataveli, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Doutor em Geografia Física pela Universidade de São Paulo (2019), Mestre em Sensoriamento Remoto pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (2014) e Bacharel em Geografia pela Universidade Federal de Alfenas-MG (2011). Possui experiência nas áreas de Geografia e Geociências, com ênfase em Sensoriamento Remoto, atuando principalmente nos seguintes temas: Sensoriamento Remoto, Geoprocessamento, Mudanças de Uso e Cobertura da Terra, Queimadas, Emissões e Modelagem. Foi pesquisador financiado pelo CNPq nas modalidades PCI nível D-C e DTI nível B. Atualmente é pesquisador de pós-doutorado na Divisão de Observação da Terra e Geoinformática do INPE financiado pela FAPESP, onde estuda a influência do uso e cobertura da terra nas emissões de material particulado fino por queimadas nos biomas Amazônia e Cerrado com o uso de sensoriamento remoto e modelagem.

Gustavo Domingos Zanin, Universidade de São Paulo

Possui Ensino Médio Técnico em Informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas Gerais - Campus Rio Pomba - IFSEMG (2015); Graduação em Bacharelado (2019) e Licenciatura (2021) em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei - UFSJ. Pós-graduações Lato Sensu em Ensino de Geografia pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM (2022); Especialização em Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e o Mundo do Trabalho pela Universidade Federal do Piauí - UFPI (2023). Mestrando no Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo - USP. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Geografia, Educação e Riscos - GEPEGER; Integrante Pesquisador no Laboratório de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento aplicado ao Clima do Departamento de Geociências da Universidade Federal de São João del-Rei - LABSERClima/UFSJ, atuando principalmente com o sensoriamento remoto, geoprocessamento, áreas de risco, análise ambiental, uso e ocupação da terra, desmatamentos, modelagem e queimadas.

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Publicado

05-12-2023

Como Citar

DUTRA, S. B.; CARDOZO, F. da S.; PEREIRA, G.; MATAVELI, G. A. V.; ZANIN, G. D. MAPEAMENTO DE QUEIMADAS COMO SUBSÍDIO À GESTÃO DE ÁREAS PROTEGIDAS NO CERRADO: O CASO DO PARQUE NACIONAL DAS SEMPRE-VIVAS (MG - BRASIL). Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 24, n. 96, p. 254–271, 2023. DOI: 10.14393/RCG249668866. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/68866. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos