Toponímia rural de acidentes humanos do Mato Grosso do Sul
motivações toponímicas e estruturas sintagmáticas
DOI:
https://doi.org/10.14393/Lex5-v3n1a2017-4Palabras clave:
Toponímia rural, Topônimo, Fazenda, Motivação, Estrutura sintagmáticaResumen
Este trabalho discute resultados parciais da pesquisa em desenvolvimento que tem como objetivo mais amplo descrever e analisar a toponímia rural de acidentes humanos do Mato Grosso do Sul em termos motivação e de estrutura linguística. Neste artigo examinam-se topônimos compostos que nomeiam fazendas localizadas na mesorregião Centro-Norte do Estado do Mato Grosso de Sul, que abrange as microrregiões do Alto Taquari e de Campo Grande, com 16 municípios. O corpus relativo a essa área geográfica extraídos do Sistema de Dados do Projeto Atems[1] e dos mapas oficiais do IBGE escala 1:100.000 (2010) totalizou 1.113 designativos que foram analisados, segundo a motivação, seguindo o modelo taxionômico de Dick (1992, p. 31-34), e conforme os constituintes sintáticos[2] dos topônimos compostos com base em Neves (2000). Os resultados do estudo mostraram que os nomes de fazendas de estrutura composta evidenciam predominantemente as seguintes estruturas dos sintagmas: (Det. Num. + SN) “Dois Irmãos”; (SN+SN) “Maria Augusta”; (SN+ SA) “Terra forte”. Em termos de motivação, dentre as taxionomias de natureza física predominaram os hidrotopônimos, o que denota a influência do ambiente físico na nomeação das propriedades rurais, enquanto entre as taxionomias de natureza antropocultural destacaram-se os nomes de cunho religioso, os hagiotopônimos, atestando, assim, que o ambiente social e cultural do grupo, como a religiosidade reflete-se na nomeação de fazendas da região estudada. Para o estudo utilizam-se como referencial teórico, fundamentalmente, as contribuições de Dick (1990; 1992; 1997; 1998; 1999); de Sapir (1961) e de Neves (2000).
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