CARBOIDRATOS FIBROSOS E NÃO FIBROSOS NA DIETA DE RUMINANTES E SEUS EFEITOS SOBRE A MICROBIOTA RUMINAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/VTv22n2a2016.32660Palavras-chave:
AGV, flora microbiana, rúmenResumo
Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes da natureza, exercem função estrutural e energética. Os carboidratos são os principais constituintes das plantas forrageiras, sendo por tanto a principal fonte de energia para os ruminantes. Os carboidratos podem ser classificados de acordo com sua estrutura, função e do ponto de vista nutricional, que o dividi em carboidratos fibrosos e não fibrosos. Os carboidratos são fermentados no rúmen por ação da flora microbiana, a qual tem seu desenvolvimento afetado diretamente pelo tipo de carboidrato, pois os microrganismos ruminais apresentam especificidade quanto ao substrato que fermentam. Além de que, a taxa de fermentação dos carboidratos no rúmen altera as condições de ambiente ruminal, afetando diretamente o desenvolvimento dos microrganismos nele presente. Os carboidratos não fibrosos apresentam alta taxa de fermentação, levando ao abaixamento do pH ruminal, influenciando o desenvolvimento da flora ruminal, já os carboidratos não fibrosos apresentam baixa taxa de fermentação, e estimulam a ruminação e maior salivação do animal, o que auxilia no tamponamento do pH do rúmen. Por essa razão, o equilíbrio no fornecimento de carboidratos fibrosos e não fibrosos é importante para manter o ambiente ruminal estável. O principal produto da fermentação ruminal dos carboidratos são os AGV's, que são utilizados pelos ruminantes como sua principal fonte energética.