Vulnerabilidade Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Buriticupu, Maranhão – Brasil: o Relevo como Elemento Chave
PDF-pt
PDF-en (English)

Palavras-chave

Amazônia
Planejamento Ambiental
Uso e cobertura da terra
Recursos Hídricos
Geoprocessamento

Como Citar

MEDEIROS, R. B.; SANTOS, L. C.; BEZERRA, J. F. R.; SILVA, Q. D.; MELO, S. N. Vulnerabilidade Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Buriticupu, Maranhão – Brasil: o Relevo como Elemento Chave. Sociedade & Natureza, [S. l.], v. 35, n. 1, 2023. DOI: 10.14393/SN-v35-2023-66679. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/sociedadenatureza/article/view/66679. Acesso em: 22 nov. 2024.

Resumo

Pesquisar uma bacia hidrográfica na região Amazônica requer assimilar que esta apresenta uma relevância nacional e mundial, estando a área de estudo situada no chamado arco do desmatamento, eleva a necessidade de entender seu contexto, vulnerabilidades e componentes físicos, ambientais e antrópicos. Esta pesquisa objetivou avaliar a vulnerabilidade ambiental da Bacia Hidrográfica do rio Buriticupu/Maranhão, com vistas a fomentar melhorias que possam contribuir com o processo de planejamento ambiental e, especificamente, de recursos hídricos. Para tanto, utilizou-se o ambiente de Sistema de Informação Geográfica para trabalhar com a Álgebra de Mapas, interrelacionando dados primários e secundários sobre a geologia, relevo, pedologia e uso e cobertura da terra, para gerar uma cartografia de síntese. Os resultados apontaram áreas com predominância das classes médias de vulnerabilidade, entretanto, o destaque fica por conta das planícies aluviais, que se tornaram, nas análises, as áreas mais frágeis do ponto de vista ambiental, sobretudo por serem solos saturados em água (gleissolos), depósitos inconsolidados de areia e silte (depósitos aluvionares) e por exibirem extensas vegetações úmidas, características de matas de igapó e de várzea. Este estudo foi capaz de gerar um documento que seja aplicável à área de estudo, além de propiciar, de modo sistêmico e integrado, um produto que contribuirá para possíveis planejamentos, sobretudo para um futuro comitê de bacia hidrográfica, algo necessário e ainda embrionário do Maranhão.

https://doi.org/10.14393/SN-v35-2023-66679
PDF-pt
PDF-en (English)

Referências

ARGENTO, M. S. F. A Planície Deltaica do Paraíba do Sul - Um Sistema Ambiental. Dissertação (Mestrado em Geografia) - Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 1979.

BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nºs 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nºs 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória nº 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, 25 de maio de 2012.

BRASIL. Lei nº 9.433, de 8 de janeiro de 1997. Institui a Política Nacional de Recursos hídricos, cria o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos hídricos, regulamenta o inciso XIX do art. 21 da Constituição Federal, e altera o art. 1º da Lei nº 8.001, de 13 de março de 1990, que modificou a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989. Diário Oficial da União: Brasília, 8 de janeiro de 1997.

BRASIL. Lei no. 5.371 de dezembro de 1967. Autoriza a instituição da "Fundação Nacional do Índio" e dá outras providências. Diário Oficial da União: Brasília, 5 de dezembro de 1967; 146º da Independência e 79º da República.

BRUGNOLLI, R. M.; PINTO, A. L.; MIGUEL, A. E. S.; OLIVEIRA, G. H. de. Avaliação da Vulnerabilidade Ambiental na Área do Assentamento São Joaquim, Selvíria/MS. Revista Caminhos de Geografia, Uberlândia. v. 15, n. 49, p. 126-137. 2014. https://doi.org/10.14393/RCG154923822

CAJAIBA, R.L.; PEREIRA, K.S.; MARTINS, J.S.C.; SOUSA, E.S.; SILVA, W.B. Megasoma actaeon (Linnaeus) (Scarabaeidae: Dynastinae): first record for Maranhão state, northeastern Brazil. Scientia Amazonia, v. 8, p. 13-16, 2019. Disponível em: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2019a/bio/avaliacao.pdf. Acesso em: 30 jul, 2022.

CELENTANO, D. et al. Desmatamento, degradação e violência no "Mosaico Gurupi" - A região mais ameaçada da Amazônia. Estudos Avançados, São Paulo, v. 32, n. 92, p. 315-339, 2018. https://doi.org/10.5935/0103-4014.20180021

CPRM, COMPANHIA DE PESQUISA DE RECURSOS MINERAIS. Portal GeoBank. 2013. Disponível em: https://geoportal.cprm.gov.br/geosgb/. Acesso em: 02 mai. 2021.

CREPANI, E. M.; et. al. Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento aplicados ao Zoneamento Ecológico-Econômico e ao Ordenamento físico-territorial. São José dos Campos INPE, 2001 (INPE-8454-RPQ72). 124p. Disponível em: http://sap.ccst.inpe.br/artigos/CrepaneEtAl.pdf. Acesso em: 15 Jun. 2021.

EMBRAPA, EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3.ed. Brasília, 2018. 353p. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/199517/1/SiBCS-2018-ISBN-9788570358004.pdf. Acesso em: 25 Jan. 2022.

GOUVEIA, I. C. M. C.; ROSS, J. L. S. Fragilidade Ambiental: uma Proposta de Aplicação de Geomorphons para a Variável Relevo. Revista Do Departamento De Geografia, São Paulo, v. 37, 2019. https://doi.org/10.11606/rdg.v37i0.151030

GUIRRA, A. M. P. et al. A evolução metodológica de Fragilidade Ambiental no Brasil e seu aspecto transdisciplinar In: IV Simpósio Nacional sobre Cidades Pequenas, Universidade Federal de Uberlândia [Anais...]. 2016. Observatório das Cidades, Ituiutaba, 2016, p. 234-250.

IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo Demográfico de 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Rio de Janeiro, 2010.

IBGE, Instituto de Brasileiro de Geografia e Estatística. Portal Geociências. 2021. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/downloads-geociencias.html. Acesso em: 02 mai. 2021.

IMESC, INSTITUTO MARANHENSE DE ESTUDOS SOCIOECONÔMICOS E CARTOGRÁFICOS. Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Maranhão. 2020. Disponível em: http://www.zee.ma.gov.br/Portal/basededados. Acesso em: 28 abr. 2021.

LEAL, J. M.; AQUINO, C. M. S.; AQUINO, R. P.; VALLADARES, G. S. Vulnerabilidade ambiental no município de São Miguel do Tapuio, Piauí: Bases para o ordenamento territorial. Revista Brasileira de Geografia Física, Recife, v. 12, 2019. https://doi.org/10.26848/rbgf.v12.2.p608-621

LIMA, J. S.; CAJAIBA, R. L.; MARTINS, J. S. C.; PEREIRA, K. S.; SOUSA, E. S. Educação ambiental em resíduos sólidos em escolas no município de Buriticupu-MA. Scientia Amazonia, v. 7, p. 122-127, 2018. Disponível em: http://scientia-amazonia.org/wp-content/uploads/2017/08/v7-n1-122-127-2018.pdf. Acesso em: 02 Mai. 2022.

MAPBIOMAS. Coleção MapBiomas. 2020. Disponível em: https://mapbiomas.org/colecoes-mapbiomas-1?cama_set_language=pt-BR. Acesso em: 05 mai. 2021.

MAPBIOMAS. Plataforma de mapas e dados. s.d. Disponível em: https://plataforma.brasil.mapbiomas.org/. Acesso em: 05 mai. 2021.

NASA, National Aeronautics and Space Administration. ASF Data Search. 2020. Disponível em: https://search.asf.alaska.edu/. Acesso em: 05 mai. 2021.

NICASIO, K. L.; SANTOS, F. M. B. dos; SILVA, K. M. A. da; MARTINS, J. da S. C.; CAJAÍBA, R. L. Avaliação ambiental de lagoas naturais e artificiais no município de Buriticupu, MA. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, v.16, n. 29, 2019. https://doi.org/10.18677/EnciBio_2019A136

QGIS Development Team, 2022. QGIS Desktop 3.22.5. Geographic Information System. Open Source Geospatial Foundation Project.

RITTERS, K.H.; O’NEIL, R.V.; HUNSAKER, C.T.; WICKHAM, J.D.; YANKEE, D.H. TIMMINS, S.P. A factor analysis of landscape pattern and structure metrics. Landscape Ecology, v.10, n.1, p. 23-39, 1995. https://doi.org/10.1007/BF00158551

ROSS, J. L. S. Geomorfologia: ambiente e planejamento. São Paulo: Contexto, 1990. 88p.;

ROSS, J. L. S. & FIERZ, M. de S. M. Geomorfologia aplicada ao planejamento ambiental territorial: potencialidades e fragilidades In: MAGNONI JÚNIOR, L. et al (org.). Redução do risco de desastres e a resiliência no meio rural e urbano, Centro Paula Souza, São Paulo, 2017. p.58-77

ROSS, J. L. S. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados. Revista do Departamento de Geografia/USP, São Paulo, n. 8, p. 63-73, 1994. https://doi.org/10.7154/RDG.1994.0008.0006

SANTOS, L. C. A. dos; SOARES, I. G. Caracterização da vulnerabilidade ambiental na bacia hidrográfica do rio Preto, Maranhão - Brasil. Geografia, Londrina/PR, v. 29, n. 1, p. 85-105, 2020. https://doi.org/10.5433/2447-1747.2020v29n1p85

SILVA, C. A.; BEREZUK, A. G. Geografia, Geografia Física: o pensar e o fazer geográfico em um mundo-tempo pandêmico, remoto e autocrático. In: Charlei Aparecido da Silva; André Geraldo Berezuk; Camila Riboli Rampazzo; Adelsom Soares Filho. (Org.). Geografia & Pesquisa: do pensar e do fazer. 1ed.Porto Alegre (RS): TotalBooks, 2021, v. p. 13-40. https://doi.org/10.52632/978.65.88393.20.8.1

SPÖRL, C. Metodologia para elaboração de modelos de fragilidade ambiental utilizando redes neurais. 2007. Tese (Doutorado em Geografia) - Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

STEFFEN, W.; SANDERSON, A.; TYSON, P. D.; JÄGER, J.; MATSON, P. A.; MOORE III, B.; OLDFIELD, F.; RICHARDSON, K.; SCHELLNHUBER, H. J.; TURNER, B. L.; WASSON, R. J. Global change and the earth system: A planet under pressure, New York: Springer-Verlag Berlin Heidelberg, 2004. https://doi.org/10.1007/b137870

TREVISAN, D. P.; MOSCHINI, L. E.; DIAS, L. C. C.; GONÇALVES, J. C. Avaliação da vulnerabilidade ambiental de são carlos – SP. Revista Ra’eGa, Curitiba, v. 44, 2018. http://dx.doi.org/10.5380/raega.v44i0.50439

UNDP, UNITED NATIONS DEVELOPMENT PROGRAMME. Reducing disaster risk: a challenge for development. A global report. Nova York: UNDP - Bureau for crisis prevention and recovery (BRCP), 2004.

USGS, UNITED STATES GEOLOGICAL SURVEY. Earth Explorer - Sentinel 2B. 2020. Disponível em: https://earthexplorer.usgs.gov/. Acesso em: 02 mai. 2020.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Rafael Brugnolli Medeiros, Luiz Carlos Santos, José Fernando Rodrigues Bezerra, Quesia Duarte Silva, Silas Nogueira Melo

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...