Ainda dá para se manter seco em meio ao caos disruptivo?
Imagem da capa baseada em trabalho de Nivalda Assunção, "Matéria Exposta: Fruta Musa", ensaio visual (2025) publicado neste dossiê.
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Palavras-chave

arte
crise climática
desinformação
Gaia
tecnologia

Como Citar

Ainda dá para se manter seco em meio ao caos disruptivo?. (2025). Revista Estado Da Arte, 6(1). https://doi.org/10.14393/EdA-v6-n1-2025-76215
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Resumo

O artigo toma como ponto de partida a enchente histórica de 2024 em Porto Alegre para explorar, por meio da videoarte “Avenida Amazonas” (2024), as complexas relações entre crise climática, tecnologia e desinformação. A análise é fundamentada em conceitos como a "teoria de Gaia", do ambientalista inglês James Lovelock, ampliados pelo antropólogo francês Bruno Latour, além das ideias de “metatecnologia”, do filósofo italiano Luciano Floridi, e “tecnodiversidade”, do filósofo chinês Yuk Hui. O texto propõe uma reflexão crítica sobre o papel da arte como mediadora do inconsciente global, capaz de capturar questões latentes e atuar como catalisadora do pensamento crítico. Por meio da exposição de contradições e da problematização de discursos políticos e soluções tecnológicas controversas, a arte se posiciona como uma ferramenta subversiva e transformadora. O artigo destaca a urgência de adotar um olhar mais sensível e contextualizado para repensar as interações entre tecnologia, política e meio ambiente, contribuindo para um debate mais profundo e consciente sobre os desafios contemporâneos.

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Referências

FLORIDI, L. The Fourth Revolution: How the Infosphere Is Reshaping Human Reality. New York: Oxford University Press, 2014.

HUI, Yuk. Tecnodiversidade. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

LATOUR, Bruno. Diante de Gaia – Oito conferências sobre a natureza no Antropoceno. São Paulo: Ubu Editora, 2020.

LOVELOCK, James. Gaia: um Novo Olhar Sobre a Vida na Terra. Portugal: Edições 70, 2020.