Resumo
Os limites entre o imaginário da arte e o imaginário da ciência na poética de Walmor Corrêa são praticamente inexistentes. Mais do que uma preferência de ordem temática, essas confluências de seus trabalhos são uma preocupação essencial. Quando o artista se apropria de linguagens e técnicas associadas aos âmbitos da biologia e ilustração científica e reconfigura as formas e características a partir de uma criatura fantástica e exótica, ele proporciona um deslumbramento encantador para o observador, ele cria não apenas um ser, mas também um cenário, uma narrativa, uma forma de catalogá-lo, entendê-lo e apresentá-lo aos curiosos. Por meio de seu trabalho sobrevivem aspectos culturais e teóricos que cercam ambas as disciplinas, e moldam a compreensão sobre o papel da influência que o imaginário do passado consolida no presente.