Estética Tentacular: Encontros artísticos além do Humano

Resumen

Este artigo explora como a imagem dos animais — especificamente do polvo — deslocou-se, na arte contemporânea, de símbolo passivo ou espetáculo exótico para agente criativo, no contexto do Chthuluceno. Com base nos estudos animais, na etologia e na estética evolutiva, e guiado por teóricas e teóricos como Deleuze, Haraway e Morton, dentre outros, o texto defende a expressão dos animais como uma forma de arte. O polvo, conhecido por sua inteligência e fisiologia singular, ocupa um papel central em obras que desafiam visões antropocêntricas. Estudos de caso incluem instalações e performances de Pascal Marcel Dreier, Hörner/Antlfinger, Shimabuku, Laitinen e Madison Bycroft, que promovem comunicação interespécie e estéticas relacionais. Essas práticas artísticas convidam a formas de conhecimento sensíveis, não lineares e empáticas, que desestabilizam o pensamento binário e positivista. Reconhecer a criatividade animal é proposto como um ato político e ético — que expande o campo da arte e reposiciona o humano

PALAVRAS-CHAVE

Estética tentacular, Arte interespécies, Criatividade animal