Geoprocessamento aplicado à identificação de áreas aptas para a implantação de unidades de conservação no Vale do Taquari, RS
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Resumo
Estudos e abordagens integradas para o planejamento ambiental e a redução dos impactos na natureza são fundamentais em função da complexidade do meio ambiente, da intervenção antrópica pouco organizada e da crescente utilização de recursos naturais. O uso de geotecnologias facilita e agiliza o trabalho de diagnóstico ambiental para definir áreas mais apropriadas para a conservação. Este estudo tem como objetivo determinar as áreas mais indicadas para a implantação de unidades de conservação (UCs) no Vale do Taquari, RS, Brasil, utilizando ferramentas de geoprocessamento. Utilizando-se a base de remanescentes da Mata Atlântica, extraiu-se os fragmentos vegetais com área igual ou maior que 100 ha. Com base nesses fragmentos foi realizada a definição das variáveis de entrada, o reescalonamento e a determinação dos pesos de cada variável, utilizando-se uma técnica de escolha baseada na lógica da comparação pareada denominada AHP (Processo Analítico Hierárquico). O resultado foi um mapa de ordenamento contendo os fragmentos com maior aptidão para implantação de UCs. No total, foram extraídos 235 fragmentos de vegetação e as variáveis analisadas em cada fragmento com seus respectivos pesos foram: o tamanho dos fragmentos (0,28), densidade de florestas (0,23), declividade média (0,08), índice de forma (0,16), distância média das rodovias (0,06) e das áreas urbanas (0,05), e densidade de nascentes (0,14). A multiplicação dos pesos com suas respectivas variáveis reescalonadas resultou em um mapa com aptidão de 0 a 100. A área que apresentou a maior aptidão foi o fragmento conhecido regionalmente como Morro Gaúcho. Pode-se concluir que a metodologia adotada ofereceu resultados consistentes, podendo ser utilizada para pré-selecionar futuras áreas de conservação.
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