ANÁLISE ESPACIAL DA ACESSIBILIDADE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ATRAVÉS DE SELF ORGANAIZING MAPS
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Resumo
A mobilidade urbana tornou-se um dos maiores problemas nas grandes cidades contemporâneas, muito tempo da vida das pessoas que moram em cidades é desperdiçado nos meios de transportes, quando precisam se deslocar para realizar suas atividades do cotidiano. Indicadores de acessibilidade têm sido usados para caracterizar essa dificuldade que as pessoas têm em acessar as oportunidades na cidade. Neste trabalho foi feita uma avaliação da distribuição espacial da acessibilidade na cidade de São Paulo. Para esta caracterização foram utilizadas metodologias de análise espacial como o cálculo de densidade Kernel, indicadores Moran e Self Organizing Maps (SOM). Foi investigada a correlação entre a acessibilidade a equipamentos, as quantidades de embarques e renda média dos usuários. Foi calculado um índice de acessibilidade que representa a quantidade de equipamentos urbanos acessíveis em 30 minutos e, a partir da espacialização deste índice e de outras variáveis como renda e ocorrências relativas ao primeiro embarque dos usuários, pôde-se visualizar padrões de segregação espacial na cidade. Foi possível ainda ressaltar a concentração de equipamentos urbanos nas áreas centrais da cidade, sendo esta bem evidente nas categorias de Lazer e Compras, enquanto muito mais espalhada no caso de Saúde e Educação. O mapeamento dos locais em que ocorre o primeiro embarque mostrou que os moradores mais afastados do centro precisam se submeter a tempos de viagem maiores que 30 minutos para acessar seus destinos finais, assim como iniciar suas viagens em horários muito cedo, como 4h e 5h da manhã de um dia útil. Analisando conjuntamente renda, oferta de transporte público e bilhetagens observou-se que os moradores da periferia possuem baixa renda e baixa acessibilidade. Simultaneamente, os mesmos habitantes constituem o 70% da totalidade das bilhetagens analisadas. Daqui resulta que o serviço de ônibus é o principal meio de transporte usado pelas pessoas com baixa renda, que vivem nos subúrbios e que acordam muito cedo de manhã para atravessar a cidade. A aplicação da técnica SOM permitiu um agrupamento de zonas de tráfego com características semelhantes de renda, uso do sistema de transporte público e acessibilidade, permitindo encontrar as disparidades e detalhar a caracterização da distribuição espacial heterogênea, além de destacar as principais áreas que merecem mais atenção do poder público para a melhoria de acessibilidade, em especial, enfatizando as condições precárias que se encontra a população mais carente da cidade.
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Como Citar
ARBEX, R.; PACIFICI, M.; RIOS, L.; GIANNOTTI, M. A.; CARNEIRO, C. ANÁLISE ESPACIAL DA ACESSIBILIDADE NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO ATRAVÉS DE SELF ORGANAIZING MAPS. Revista Brasileira de Cartografia, [S. l.], v. 68, n. 4, 2016. DOI: 10.14393/rbcv68n4-44282. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44282. Acesso em: 2 nov. 2024.
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Artigos
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