Por uma pedagogia feminista... Até que todas sejamos livres!
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2022-64796Palabras clave:
Feminismo, Marcha Mundial das Mulheres, Pedagogia FeministaResumen
As práticas pedagógicas feministas têm contribuído para a consolidação de movimentos sociais inseridos no campo dos feminismos. Frequentemente, denominadas de “formação”, e integradas com as designadas “pedagogias críticas”, “populares” e “libertadoras”, as pedagogias feministas, compreendidas num sentido genérico, estabelecem-se como eixo central dessas organizações políticas. Em Recife, especificamente, as ativistas da Marcha Mundial das Mulheres (MMM) têm promovido ações pedagógicas com o objetivo de fortalecer a emancipação e a autonomia das mulheres. É nesse sentido que a presente pesquisa visa compreender as pedagogias feministas desenvolvidas pela MMM. A metodologia aplicada para a construção dos dados deste artigo foi a pesquisa-ação, uma vez que o processo envolveu a participação, a interação e a reflexão das entrevistadas no decorrer da investigação, além de mobilizar autoras já inseridas no campo. Como resultados desta investigação, identificamos que roda de diálogos, bazares, récitas e lambe-lambes são práticas utilizadas pelas ativistas na luta contra o patriarcado e conquista de direitos. Constatamos também um aprimoramento das discussões feministas no movimento, hoje mais qualificadas, não somente pela trajetória de atuação das militantes, mas, sobretudo, pela observância de como o racismo, o capitalismo e o patriarcado têm estruturado a vida das mulheres.
Descargas
Citas
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9.394/1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1996. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/70320/65.pdf. Acesso em: 3 abr. 2022.
CONWAY, J. Stretching the scope of solidarities. Troubling transnational feminism(s) at the World Social Forum. In: DUFOUR, P.; MASSON, D.; CAQUETTE, D. (ed.). Solidarities beyond borders: transnationalizing women’s movements. Vancouver: UCB Press, 2010.
FARIA, N. Feminismo e lutas das mulheres: um olhar sobre a história e as dinâmicas recentes. In: CEREGATTI, A. et al. Feminismo em marcha para mudar o mundo: trajetórias, alternativas e práticas das mulheres em movimento. São Paulo: SOF, 2015.
FERREIRA, V.; SILVA, C. Formação sobre violência contra as mulheres: um olhar sobre desafios pedagógicos na experiência da AMB (Brasil, 2005-2009). In: SILVA, C. (org.). Experiências em Pedagogia Feminista. Recife: SOS Corpo, 2010.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2018.
GIL, V. Mulheres em movimento mudam o mundo: o educativo na/da Marcha Mundial das Mulheres. 2015. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2015. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/131020/000979668.pdf?sequence=1. Acesso em: 3 abr. 2020.
GOHN, M. G. Educação não formal, participação da sociedade civil e estruturas colegiadas nas escolas. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de Janeiro, v. 14, n. 50, p. 27-38, 2006. Doi: 10.1590/S0104-40362006000100003. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/s5xg9Zy7sWHxV5H54GYydfQ/?lang=pt. Acesso em: 26 abr. 2020.
GOMIDE, C. M. Marcha Mundial das Mulheres (MMM): uma abordagem histórica a uma rede de movimentos sociais feminista nos anos 2000. 2016. Tese (Doutorado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2016. Disponível em: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/19185. Acesso em: 26 abr. 2020.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática da liberdade. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2013.
KOROL, C. La educación como práctica de la libertad: nuevas lecturas posibles. In: KOROL, C. (org.). Hacia una pedagogía feminista: géneros y educación popular. Buenos Aires: El Colectivo: América Libre, 2007, p. 9-22.
LAGE, A. Orientações epistemológicas para pesquisa qualitativa em educação e movimentos sociais. In: LAGE, A. Educação e movimentos sociais: caminhos para uma pedagogia da luta. Recife: Editora da UFPE, 2013.
LOURO, G. L. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. Petrópolis: Editora Vozes, 1997.
MARCHA MUNDIAL DE LAS MUJERES. 1998-2000: una década de lucha internacional feminista. Jundiaí: Maxprint, 2008.
OLIVEIRA, I. M. Por uma pedagogia feminista... “Até que todas sejamos livres!”. 2020. Dissertação (Mestrado em Educação, Culturas e Identidades) – Fundação Joaquim Nabuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2020. Disponível em: http://ww2.ppgeci.ufrpe.br/sites/ww2.ppgeci.ufrpe.br/files/documentos/dissertacao_final_-_isabella_marques_de_oliveira_ppgci.pdf. Acesso em: 14 mar. 2021.
PALUDO, C. Educação popular como resistência e emancipação humana. Cad. Cedes, Campinas, v. 35, n. 96, p. 219-238, maio/ago. 2015. Doi: 10.1590/CC0101-32622015723770. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ccedes/a/CK6NyrM6BhKXbMmhjrmB3jP/?lang=pt. Acesso em: 14 mar. 2021.
REYNALDO, R. G. Marcha Mundial das Mulheres: um enfoque pós/decolonial sobre intersecções e solidariedade no feminismo transnacional. 2016. Tese (Doutorado em Ciências Humanas) – Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/168164. Acesso em: 14 mar. 2021.
SAFFIOTI, H. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Expressão Popular: Fundação Perseu Abramo, 2015.
SANTANA, C. M. Feminismo Agora!: uma experiência de pedagogia feminista autorreflexiva. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação, Culturas e Identidades) – Fundação Joaquim Nabuco, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018. Disponível em: http://www.tede2.ufrpe.br:8080/tede2/handle/tede2/7619. Acesso em: 14 mar. 2021.
SARDENBERG, C. Considerações introdutórias às pedagogias feministas. In: COSTA, A. A. A.; RODRIGUES, A. T.; VANIN, I. M. (org.). Ensino e Gênero: perspectivas transversais. Salvador: UFBA-NEIM, 2011. 17-32.
SHUTZE, F. Pressure and guilt: war experiences of a young german soldier and their biographical implications (part 2). International Sociology, London, v. 7, 1992. Doi: 10.1177/026858092007003006. Disponível em: https://journals.sagepub.com/doi/abs/10.1177/026858092007003006?cookieSet=1. Acesso em: 26 abr. 2020.
SILVA, C. Os sentidos da ação educativa no feminismo. In: SILVA, C. (org.). Experiências feministas em pedagogia feminista. Recife: SOS Corpo, 2010.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2022 Isabella Marques de Oliveira, Denise Maria Botelho, Ana Paula Abrahamian de Souza, Cibele Maria Lima Rodrigues
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.