Da educação à educação "por direito"
a problemática da educação dos movimentos sociais e do movimento social do campo
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep-v18n12019-46066Palabras clave:
Educação, Sujeito de direitos, Movimentos Sociais, Movimentos Sociais do Campo, Luta de classesResumen
A educação tem uma função social para a reprodução social, mas é apropriada pelo capital e passa a atender aos interesses e necessidades da classe que detêm os meios de produção material e, por conseguinte, também os espirituais. Ao lutar por educação, os movimentos sociais e, em particular, os movimentos sociais do campo acabam caindo na ilusória armadilha de serem “sujeitos de direitos” e passam a ter seus ideais e propostas descaracterizados e ressignificados pelo Estado de Direito através de suas políticas ditas “públicas”. Afinal, qual educação devem os movimentos sociais e o movimento social do campo, em particular, construir? Qual a forma de organização mais adequada à luta da classe trabalhadora contra o capital? Eis algumas das questões que este pequeno ensaio teórico procura analisar, evidenciando alguns dos múltiplos e contraditórios fatores que perpassam a educação “por direito” conquistada pelos movimentos sociais do campo, elencando alguns apontamentos para repensar a práxis na luta do trabalho contra o capital.
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