Diálogos entre experiências
pesquisa, extensão e educação popular no sistema carcerário
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2024-72291Palabras clave:
Pesquisa, Extensão, Educação Popular, Sistema PrisionalResumen
O presente estudo é uma investigação acerca de duas experiências ligadas à educação de jovens e adultos e à privação de liberdade, desenvolvidas na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que constituem um programa de extensão e um projeto de pesquisa sobre remição de pena pela leitura. Na investigação, buscamos entender como a pesquisa e a extensão são complementares na formação de estudantes de licenciaturas. Para isso, utilizamos nossas experiências como bolsistas de pesquisa ou extensão mediante uma abordagem autobiográfica e elaboramos nossas narrativas sobre a dimensão educativa, na qual estamos inseridas como estudantes de Pedagogia e de licenciatura em Ciências Sociais. Resultados iniciais indicam a importância do debate entre extensão e pesquisa, pois percebemos em nossas experiências que ambas estão numa relação dialógica. A pesquisa contribui para mapear dados, leis, referenciais teóricos a serem utilizados e as práticas que são desenvolvidas. A extensão, a partir da educação popular, tem a capacidade de promover diálogos de diferentes saberes, intercâmbios de propostas de atuação e intervenção social.
Descargas
Referencias
BOURDIEU, P.; CHAMBOREDON, J. C.; PASSERON, J. C. Ofício de Sociólogo: metodologia da pesquisa na sociologia. Rio de Janeiro: Vozes, 2007.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988.
BRASIL. Lei nº 7210 de 11 de julho de 1984. Institui a Lei de Execução Penal. Brasília, DF, 1984. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7210.htm. Acesso em: 19 mar. 2024.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF, 1996.
BRASIL.Resolução nº 3 de 11 de março de 2009. Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para a Oferta de Educação nos estabelecimentos penais. Brasília, DF, 2009. Disponível em: http://www.justica.gov.br/seus-direitos/politica-penal/cnpcp-1/resoluções/resolucoesarquivos-pdf-de-1980-a-2015/resolucao-n-o-3-de-11-de-marcode-2009.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019.
BRASIL. Resolução nº 2 de 19 de maio de 2010. Dispõe sobre as Diretrizes Nacionais para a oferta de educação para jovens e adultos em situação de privação de liberdade nos estabelecimentos penais. Brasília, DF, 2010. Disponível em: http://www.sinpro-rs.org.br/arquivos/legislacao/Resolu%C3%A7%C3%A3o_Ceb_n2_2010.pdf. Acesso em: 20 dez. 2019.
BRASIL. Decreto n. 7.626, de 24 de novembro de 2011. Institui o Plano Estratégico de Educação no âmbito do Sistema Prisional. Brasília, DF, 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7626.htm. Acesso em: 20 dez. 2019.
DAVIS, A. Estarão as prisões obsoletas. Rio de Janeiro: Bertrand, 2018.
MAEYER, M. Ter tempo não basta para que alguém se decida a aprender. Em Aberto, Brasília, v. 24, n. 86, p. 43-55, nov. 2011. DOI 10.24109/2176-6673.emaberto.24i86.2314. Disponível em: https://emaberto.inep.gov.br/ojs3/index.php/emaberto/article/view/2715. Acesso em: 19 mar. 2024.
MAEYER, M. A educação na prisão não é uma mera atividade. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 38, n. 1, p. 33-49, 2013. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/30702. Acesso em: 19 mar. 2024.
FERRUGEM, D. Guerra às drogas e a manutenção da hierarquia racial. 2018. Dissertação (Mestrado em Serviço Social) – Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2018. Disponível em: https://tede2.pucrs.br/tede2/handle/tede/7954. Acesso em: 19 mar. 2024.
FERNANDES, V. M. Reflexões acerca da educação na privação de liberdade: possibilidades a partir do pensamento decolonial. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Sociais) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2020. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/handle/10183/218274. Acesso em: 19 mar. 2024.
FÓRUM BRASILEIRO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2023. Disponível em: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2023/07/anuario-2023.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.
FOUCAULT, M. O sujeito e o poder. In: RABINOW, P.; DREYFUS, H. Michel Foucault, uma trajetória filosófica: para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de Janeiro: Forense Universitária. p. 231-250.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro; São Paulo: Paz & Terra, 2019.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. Petrópolis: Vozes, 2014.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz & Terra, 2002.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. 54. ed. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 2013.
GARLAND, D. A cultura do controle: crime e ordem social na sociedade contemporânea. Rio de Janeiro: Revan, 2014.
GODINHO, A. C. F.; JULIÃO, E. F.; ONOFRE, E. C. Desafios da educação popular em contextos de privação de liberdade. EccoS, São Paulo, n. 52, p. 1-19, 2020. DOI 10.5585/eccos.n52.17100. Disponível em: https://periodicos.uninove.br/eccos/article/view/17100. Acesso em: 19 mar. 2024.
GOFFMAN, E. Manicômios, prisões e conventos. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1987.
GOFFMAN, E. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
IRELAND, T. Anotações sobre a educação em prisões: anotações sobre a educação em prisões. In: CRAIDY, C. M. (org.). Educação em prisões: direitos e desafios. Porto Alegre: UFRGS, 2010. p.
JULIÃO, E. F. As políticas de educação para o sistema penitenciário: análise de uma experiência brasileira. In: ONOFRE, Elenice. M. C. (org.). Educação escolar entre as grades. São Carlos: EdUFScar, 2007. p. 29-49.
JOSSO, M. C. Histórias de vida e formação: suas funcionalidades em pesquisa, formação e práticas sociais. Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica, Salvador, v. 5, n. 13, p. 40-54, jan./abr. 2020. DOI 10.31892/rbpab2525-426X.2020.v5.n13.p40-54. Disponível em: https://www.revistas.uneb.br/index.php/rbpab/article/view/8423. Acesso em: 19 mar. 2024.
MOLINA, R. K. Experiência. In: STRECK, D.; REDIN, E.; ZITKOSKI, J. (org.). Dicionário Paulo Freire. Lima: CEAAL. 2015. p. 172.
ONOFRE, E. C. Educação escolar na prisão: o olhar de alunos e professores. Jundiaí: Paco Editorial, 2014.
ONOFRE, E. (org.). Educação Escolar entre as grades. São Carlos: EdUFScar, 2007.
ONOFRE, E. O papel da escola na prisão: saberes e experiências de alunos e professores. Childhood & Philosophy, Rio de Janeiro, v. 7, n. 14, p. 271-297, jul.-dez. 2011. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/5120/512051604008.pdf. Acesso em: 19 mar. 2024.
PESSOA, M. et al. Sujeitos da educação de jovens e adultos privados de liberdade: um olhar na perspectiva histórico cultural. In: JUNIOR, N.; TANNUSS, R. Educação de jovens e adultos privados de liberdade: Ensaios Interdisciplinares. João Pessoa: Ed. CCTA, 2019. p.
QUIJANO, A. Colonialidad y mordernidad/racionalidad. Buenos Aires: CLACSO, 2005.
REIMER, M.; ZAGONEL, R. M. A indissociabilidade consciente: uma reflexão sobre o cotidiano da docência. Extensão em Foco, Curitiba, n. 9, p. 50-61, jan./jun. 2014. DOI 10.5380/ef.v0i9.38916. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/extensao/article/view/38916. Acesso em: 19 mar. 2024.
RELIPEN. Relatório de Informações Penais. 15º Ciclo - período de julho a dezembro de 2023. Disponível em: https://www.gov.br/senappen/pt-br/assuntos/noticias/senappen-divulga-relipen-do-segundo-semestre-de-2023/relipen-relatorio-preliminar-de-informacoes-penais-2o-semestre-2023.pdf. Acesso em: 15 mar. 2024.
RESTREPO, E.; ROJAS, A. Inflexión decolonial: fuentes, conceptos y cuestionamientos. Popayán: Jorge Salazar, 2010.
ROCHA, A. L. Antropologia visual, um convite à exploração de encruzilhadas conceituais. In: ECKERT, C.; MONTE-MÓR, P. (org.). Imagem em foco, novas perspectivas em antropologia. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 1999. p.
SOMMERMAN, A.; MELLO, M. F.; BARROS, V. M. (org.). Educação e transdisciplinaridade II. São Paulo: TRIOM, 2002.
VEIGA, I. P. A. (org.). Repensando a didática. 19. ed. Campinas: Papirus, 2002.
VIEIRA, P.; GARCIA, L.; MACIEL, E. Isolamento social e o aumento da violência doméstica: o que isso nos revela? Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v. 23, 2020. DOI 10.1590/1980-549720200033. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbepid/a/tqcyvQhqQyjtQM3hXRywsTn/#. Acesso em: 19 mar. 2024.
WACQUANT, L. As prisões da miséria. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.
WACQUANT, L. Marginalidade, etnicidade e penalidade na cidade neoliberal: uma cartografia analítica. Tempo social, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 139-164, 2014. DOI 10.1590/S0103-20702014000200009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ts/a/L5b6ZxLWyb9ZSnWWLg3cMnC/abstract/?lang=pt. Acesso em: 19 mar. 2024.
WALSH, C. Interculturalidad crítica y pedagogía decolonial: apuestas (des)de el in-surgir, re-existir y re-vivir. Entre palabras, Ecuador, v. 3, p. 1-29. 2009. Disponível em: https://redinterculturalidad.files.wordpress.com/2014/02/interculturalidad-crc3adtica-y-pedagogc3ada-decolonial-walsh.pdf. Acesso em: 19 mar. 2024.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Victória Mello Fernandes, Raíne da Silva de Brito, Isabella Almeida dos Santos
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Los autores que publican en esta revista acuerdan mantener los derechos de autor y conceder a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0 Internacional.
