"Um ano que jamais imaginei viver"
olhares sobre a organização do trabalho pedagógico com bebês e crianças de até três anos em um contexto de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.14393/REP-2022-63559Palavras-chave:
Primeira infância, Educação, Psicologia Histórico-Cultural, Trabalho Pedagógico, PandemiaResumo
O presente artigo tem como objetivo apresentar estudos que abordam o trabalho com a primeira infância, no tocante às práticas pedagógicas desenvolvidas em creches da Rede Municipal de Educação de Uberlândia, Minas Gerais, em um período de pandemia provocada pelo novo Coronavírus (COVID-19). A pesquisa é de natureza qualitativa e, como instrumento de coleta de dados, utilizamos questionário dirigido, aplicado a cinco professoras da Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Uberlândia. Em linhas gerais, identificamos que as docentes se esforçaram para reconfigurar seus trabalhos a partir do novo contexto e se propuseram a manter um vínculo afetivo com as crianças apesar da distância física por entenderem a importância da afetividade para o trabalho pedagógico e para o desenvolvimento global. Seus planejamentos pedagógicos foram pautados, em parte, na flexibilização, em aspectos que atendessem às necessidades físicas, emocionais e de socialização das crianças por meio de uma escuta atenta e de um olhar sensível para as realidades vivenciadas pela comunidade escolar.
Downloads
Referências
ALVES, L. Educação remota: entre a ilusão e a realidade. Interfaces Científicas: Educação, Aracaju, v. 8, n. 3, p. 348-365, jun. 2020. Doi: 10.17564/2316-3828.2020v8n3p348-365. Disponível em: https://periodicos.set.edu.br/educacao/article/view/9251. Acesso em: 19 jun. 2021.
BORBA, R. C. N. et al. Percepções docentes e práticas de ensino de Ciências e Biologia na pandemia: uma investigação da Regional 2 da SBEnBio. Revista de Ensino de Biologia da SBEnBio, Florianópolis, p. 153-171, jul. 2020. Doi: 10.46667/renbio.v13i1.337. Disponível em: https://renbio.org.br/index.php/sbenbio/article/view/337. Acesso em: 19 jun. 2021.
BRITO, T. A. Música na educação infantil: propostas para a formação integral da criança. São Paulo: Peirópolis, 2003.
CARVALHO, M. C. O porquê da preocupação com o ambiente físico. In: ROSSETTI-FERREIRA, M. C. et al. Os fazeres na educação infantil. 11. ed. São Paulo: Cortez; Ribeirão Preto: CINDEDI, 2009. p. 156-158.
LEMOS, A. A comunicação das coisas: teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013.
MALAGUZZI, L. Histórias, ideias e filosofia básica. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. As cem linguagens da criança: a abordagem de Reggio Emilia na educação da primeira infância. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Penso, 2016.
MEDEL, C. R. M. A. Educação Infantil: da construção do ambiente às práticas pedagógicas. Petrópolis: Editora Vozes, 2011.
MELLO, S. A.; SINGULANI, R. A. D. As crianças pequenininhas na creche aprendem e se humanizam. Teoria e Prática da Educação, Maringá, v. 17, n. 3, p. 37-50, set./dez. 2014. Doi: 10.4025/tpe.v17i3.28206. Disponível em: https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/TeorPratEduc/article/view/28206. Acesso em: 19 jun. 2021.
MENEZES, S. K. O.; FRANCISCO, D. J. Educação em tempos de pandemia: aspectos afetivos e sociais no processo de ensino e aprendizagem. Revista Brasileira de Informática na Educação, Porto Alegre, v. 28, p. 985-1012, dez. 2020. Doi: 10.5753/rbie.2020.28.0.985. Disponível em: http://ojs.sector3.com.br/index.php/rbie/article/view/v28p985. Acesso em: 19 jun. 2021.
MOREIRA, J. A. C. Saber docente, oralidade e cultura letrada no contexto da educação infantil: análise da prática docente à luz dos autores da Escola de Vygotsky. 2009. 235f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 2009. Disponível em: https://repositorio.ufc.br/handle/riufc/3231. Acesso em: 19 jun. 2021.
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo sócio-histórico. São Paulo: Scipione, 1993.
OLIVEIRA, N. A. S. História e Ensino: entendendo a dinâmica do ensino remoto nos anos iniciais da rede municipal de ensino de Uberlândia em tempos de isolamento social. In: ENCONTRO NACIONAL PERSPECTIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA, 11., 2020, Ponta Grossa. Anais [...]. Ponta Grossa: Associação Brasileira de Pesquisa em Ensino de História, 2020. Disponível em: https://www.perspectivas2020.abeh.org.br/resources/anais/19/epeh2020/1606440018_ARQUIVO_0e51f485978989c3cb571861d33ca142.pdf. Acesso em: 19 jun. 2021.
OSTETTO, L. E. (Org.). Planejamento na educação infantil mais que a
atividade, a criança em foco. In: OSTETTO, L. E. (org.). Encontros e
encantamentos na educação infantil: partilhando experiências de estágios. Campinas:
Papirus, 2000.
PAROLIN, I. As dificuldades de aprendizagem e as relações familiares. Fortaleza: Educar Soluções, 2003.
PASCHOAL, J. D.; MACHADO, M. C. G. A história da educação infantil no Brasil: avanços, retrocessos e desafios dessa modalidade educacional. Revista HISTEDBR on-line, Campinas, v. 9, n. 33, p. 78-95, mar. 2009. Doi: 10.20396/rho.v9i33.8639555. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8639555. Acesso em: 19 jun. 2021.
PING, Z.; FUDONG, L.; ZHENG, S. Thinking and practice of online teaching under COVID-19 epidemic. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON COMPUTER SCIENCE AND EDUCATIONAL INFORMATIZATION (CSEI), 2., 2020, Xinxiang. Disponível em: https://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=9142533. Acesso em: 19 jun. 2021.
PIRES, M. F. C. O materialismo histórico-dialético e a Educação. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v. 1, n. 1, p. 83-94, ago. 1997. Doi: 10.1590/S1414-32831997000200006. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/RCh4LmpxDzXrLk6wfR4dmSD/?lang=pt. Acesso em: 19 jun. 2021.
REIS, R. P. Relação família e escola: uma parceria que dá certo. Mundo Jovem: um jornal de ideias, Porto Alegre, n. 373, fev. 2007.
REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vozes, 1995.
SCHABERLE, I. M.; SOUSA, V. V.; ANDRADE, I. C. F. Reggio Emilia: a criança como protagonista da aprendizagem. Gepesvida, São José, v. 4, n. 9, p. 83-99, dez. 2018. Disponível em: http://www.icepsc.com.br/ojs/index.php/gepesvida/article/view/321. Acesso em: 19 jun. 2021.
SCHMIDT, B.; PALAZZI, A.; PICCININI, C. A. Entrevistas online: potencialidades e desafios para coleta de dados no contexto da pandemia de COVID-19. REFACS, Uberaba, v. 8, n. 4, p. 960-966, 2020. Doi: 10.18554/refacs.v8i4.4877. Disponível em: http://seer.uftm.edu.br/revistaeletronica/index.php/refacs/article/view/4877. Acesso em: 19 jun. 2021.
SILVA, C. A. F. A linguagem musical na educação infantil. 2010. 12 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) – Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix, Belo Horizonte, 2010.
SILVA, J. C. É hora de trocar a fralda! Contribuições da teoria histórico-cultural para o trabalho com bebês na Educação Infantil. In: ARCE, A. (org.). Interações e brincadeiras na Educação Infantil. Campinas: Alínea, 2013. p. 41-72.
SOUZA, M. E. P. Família/escola: a importância dessa relação no desempenho escolar. Programa de Desenvolvimento Educacional, Santo Antônio da Platina, 2009. Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1764-8.pdf. Acesso em: 19 jun. 2021.
UBERLÂNDIA. Secretaria Municipal de Educação. Resolução nº1, de 27 de maio de 2020. Diário Oficial do Município, Uberlândia, 2020. Disponível em: http://docs.uberlandia.mg.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/5877.pdf. Acesso em: 19 jun. 2021.
VYGOTSKI, L. S. Obras escogidas. Madrid: Visor, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Jordanna Sopranzetti Araujo, Fernanda Duarte Araújo Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam em manter os direitos autorais e conceder à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.