Reflexões em torno de experiências de incubação de empreendimentos de economia solidária em espaços universitários
DOI:
https://doi.org/10.14393/rep_v16n22017_art01Palavras-chave:
Trabalho, questão social, economia solidária, incubadoras sociais universitáriasResumo
O presente artigo propõe analisar como as incubadoras sociais universitárias, no seu processo de incubação, têm significado a autogestão, a empregabilidade e os movimentos sociais. Busca-se verificar a contribuição desse movimento no enfrentamento das refrações da questão social, a partir do conflito entre capital e trabalho, da dominação econômica que eleva a pobreza, o analfabetismo e o desemprego. Reaparecem, nesse contexto, os empreendimentos de economia solidária que buscam gerar trabalho e renda, seguindo os princípios da autogestão e da cooperação em suas atividades de produção, comercialização e troca de produtos. As incubadoras sociais universitárias (ISUs) têm como propósito fomentar e assessorar esses grupos na perspectiva de viabilização da sustentabilidade socioeconômica e na formação política dos cooperados. Após a realização de uma pesquisa qualitativa, aplicação de um formulário semiestruturado em quatro empreendimentos de economia solidária e a quatro ISUs, todos localizados no estado do Rio Grande do Sul, seguindo o método dialético crítico e utilizando a técnica de análise de conteúdo, pode-se concluir que o processo de incubação envolve situações de amplo direcionamento, dentre as quais, a estruturação e organização desses grupos com o objetivo de ocupar um espaço no mercado formal de trabalho, fomentando a empregabilidade, a formação para a autogestão e cooperação com características emancipatórias, significando esse processo como um espaço de mobilização coletiva, de articulação de esforços com o propósito de viabilizar a geração de trabalho e renda.
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