Prover-se para a morte:
reflexões senequianas
DOI:
https://doi.org/10.14393/REPRIM-v6n12a2021-64227Palavras-chave:
Estoicismo, Morte, SênecaResumo
Resumo: O presente artigo aspira promover reflexões sobre o entendimento estoico de Lúcio Aneu Sêneca, escritor, filósofo e político romano do século I da era cristã, no que diz respeito à morte, seja esta ocasionada de forma natural ou disposta por suicídio, exibida pelo pensador supracitado como parte constituinte de extrema relevância para a concepção de Sêneca do homem ideal. Para tanto serão utilizadas algumas Epistulae Morales ad Lucilium e De Breitate Vitae. A compreensão senequiana denota a preocupação com a formação do homem que careceria ser preparado tanto para a vida como para a morte. Sêneca expõe que a morte é um dos pilares da existência, ou seja, um feito natural e previsto, cabendo ao homem ideal ser consciente dessa condição e, por conseguinte, desprender-se do medo da morte suscitado e, quando preciso, valer-se do suicídio a fim de resguardar a dignidade do ser humano. Assim, compete ao homem confrontar o temor e a angústia diante da morte, edificando-se, valorosamente, para essa realidade inevitável.
Palavras-chave: Estoicismo; Morte; Sêneca.
Providing yourself for death: senequian reflections
Abstract: This article aspires to promote reflections on Lucius Anneus Seneca’s stoic understanding, writer, philosopher and roman politician of the 1st century of the christian era, with regard to death, whether caused naturally or willingly by suicide, being exhibited by the aforementioned philosopher as a constituent part of extreme relevance for the conception of the ideal man. In order to do so some, Epistulae Morales ad Lucilium and De Brevitate Vitae, will be consulted. Seneca's understanding presents a concern with the formation of the man who would need to be prepared for life and death. Seneca asserts that death is one of the necessities of existence, that is, a natural and foreseen condition, it being up to the ideal man to be aware of this condition and, therefore, to let go of the fear it arouses and, when necessary, to embrace suicide in order to protect the dignity of the human being. Then, it is up to man to face fear and anguish in the face of death, growing valiantly for this inevitable reality.
Keywords: Stoicism; Death; Seneca.
Data de registro: 21/04/2021
Data de aceite: 25/11/2021
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Referências
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