https://seer.ufu.br/index.php/primordium/issue/feedREVISTA PRIMORDIUM2024-10-07T08:27:02-03:00Comitê Executivo Editorial Primordiumrevistaprimordium@ifilo.ufu.brOpen Journal Systems<p>ISSN: 2526-2106 Ano de fundação: 2016 Periodicidade Semestral </p> <p>Qualis CAPES: B2 (2016-2020)</p> <p>A <em>Primordium</em> – Revista de Filosofia e Estudos Clássicos é um Periódico Eletrônico vinculado ao Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia, que tem como propósito o incentivo à investigação e ao debate acadêmico acerca de Filosofia e Estudos Clássicos (Grego e Latim), assumindo a tarefa de ser um instrumento de divulgação do conhecimento científico produzido a partir de pesquisas discentes de programas de graduação e pós-graduação em Filosofia e Estudos Clássicos.</p> <p><em><strong>Recebimento de submissões aberto em fluxo contínuo! </strong></em><strong>Estamos recebendo artigos e resenhas para os volumes de 2024 e 2025.</strong></p> <ul> <li><strong>Política de Acesso Livre: </strong>Esta revista oferece acesso livre imediato ao seu conteúdo, seguindo o princípio de que disponibilizar gratuitamente o conhecimento científico ao público proporciona maior democratização mundial do conhecimento.<br /><strong>Fontes de Apoio: </strong><a href="http://www.cocfi.ufu.br/">COCFI</a> - Coordenação do Curso de Filosofia</li> </ul>https://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/69428A poesia da revolução: história e dialética na lírica de Bertolt Brecht2023-05-20T12:53:40-03:00Alan Duartealan.araujo@ufu.br<p><strong>Resumo</strong>: Este trabalho almeja demonstrar a atualidade política da lírica de Bertolt Brecht (1898-1956), como também expor, a partir deste recorte temático e literário, as concepções de fundo histórico-filosóficas do autor. Para tanto, parte-se da compreensão de que a Filosofia não é um discurso autorreferencial, ou seja, uma elaboração fechada sobre si e que glosa apenas sobre sua própria tradição, mas um “discurso vazio” e, como tal, reporta-se a condições de existência que lhe são exteriores, com respeito às quais ela deve sua vitalidade. A poesia, com sua estrutural formal, igualmente pode desempenhar esse papel de implicação filosófica, sendo o caso de Brecht duplamente relevante, pois suas poesias se referem, sobremaneira, aos acontecimentos políticos decisivos do século XX, notadamente o ocaso “civilizacional” representado pelo nazifascismo, em oposição à esperança suscitada pelo comunismo. A pertinência filosófica da pesquisa se explica por Brecht ter refletido sobre questões candentes para a filosofia política contemporânea, como os impasses históricos do salto revolucionário em direção à liberdade, além do papel que os sujeitos engajados politicamente podem desempenhar nesse processo. Nesse sentido, a pesquisa se concentrará nos Poemas (1913-1956) do autor, recorrendo, ainda, a certos pensadores da filosofia moderna e contemporânea que refletiram sobre as mútuas implicações entre os homens e a História, o que nos auxiliará no esclarecimento das diretrizes filosóficas do “poeta da revolução”. Ao fim da investigação, espera-se ter apresentado os motivos pelos quais é possível sustentar que Brecht concebe, em linhas gerais e de maneira não articulada sistematicamente, uma Teoria da História, em sentido não idealista.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Consciência; História; Revolução</p> <p><strong>The poetry of Revolution: history and dialectics in Bertolt Brecht’s lyric</strong></p> <p><strong>Abstract</strong>: The aim of this work is to demonstrate the political relevance of Bertolt Brecht's (1898-1956) lyrics, as well as to expose, from this thematic and literary point of view, the author's basic historical-philosophical conceptions. In order to do this, we start from the understanding that philosophy is not a self-referential discourse, that is, an elaboration that is closed in on itself and only glances at its own tradition, but an “empty discourse” and, as such, refers to conditions of existence that are external to it, with respect to which it owes its vitality. Poetry, with its formal structure, can also play this role of philosophical implication, and Brecht's case is doubly relevant, since his poems refer, above all, to the decisive political events of the 20th century, notably the “civilizational” decline represented by Nazi-fascism, as opposed to the hope raised by communism. The philosophical relevance of the research is explained by the fact that Brecht reflected on burning issues for contemporary political philosophy, such as the historical impasses of the revolutionary leap towards freedom, as well as the role that politically engaged subjects can play in this process. In this sense, the research will focus on the author's Poems (1913-1956), also drawing on certain thinkers from modern and contemporary philosophy who have reflected on the mutual implications between men and history, which will help us to clarify the philosophical guidelines of the “poet of the revolution”. At the end of the research, we hope to have presented the reasons why it is possible to maintain that Brecht conceives, in general terms and in a way that is not systematically articulated, a Theory of History, in a non-idealist sense.</p> <p class="western" align="justify"><strong>Keywords</strong>: Conscience; History; Revolution</p> <p class="western" align="justify"> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de registro: 17/05/2023</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de aceite: 26/04/2024</span></p>2024-10-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alan Duartehttps://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/70138Kant e a natureza não racional: algumas interpretações contemporâneas2023-07-18T20:34:19-03:00Laís Oliveira Rioslaisoliveirarios@gmail.com<p><strong>Resumo</strong>: O objetivo deste artigo é situar os animais dentro da teoria ética kantiana e expor a interpretação de Christine Korsgaard e Onora O’Neill fazem desse tema no filósofo. Kant considera que temos deveres diretos apenas para com seres racionais; isto é, seres humanos são fins em si mesmos, não podendo ser utilizados como meios para que fins de outros possam ser alcançados. Para com todos os demais seres, como animais, plantas e ecossistemas, Kant considera que temos deveres indiretos e que, portanto, podemos utilizá-los como meios para nossos fins, sendo estes considerados como coisas, em oposição ao conceito de “fim em si mesmo”. O debate se faz necessário, pois a interpretação destes conceitos acima descrita, a saber, a mais tradicional, nos dirige a conclusões consideradas antropocêntricas e a ações que não consideram moralmente nada além da vida racional, o que, em geral, vai contra as intuições de que a interação com a natureza não racional tem um significado moral mais amplo. Apesar de essa ser a interpretação mais tradicional da ética kantiana, o texto de Kant, nomeado “Lições de Ética”, e os debates contemporâneos realizados por outros autores, como Christine Korsgaard e Onora O’Neill, nos oferecem diferentes propostas de utilização da ética kantiana para refletir sobre a ética animal. A partir disso, nos propomos neste artigo também a pensar se de fato o conceito de deveres indiretos, tal como Kant nos apresentou, consegue responder aos dilemas da ética animal.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Ética Animal; Ética dos Deveres; Ética Ambiental</p> <p><strong>Kant and the non-rational nature: some contemporary interpretations</strong></p> <p><strong>Abstract</strong>: The aim of this paper is to locate animals within Kant’s ethical framework and to expose the interpretation that Christine Korsgaard and Onora O’Neill have about this theme on the philosopher. Kant considerates that we have direct duties only to rational beings; in other words, human beings are ends in themselves and cannot be used as means to others’ ends may be achieved. Regarding other beings, like animals, plants and ecosystems, Kant states that, to them, we only have indirect duties, and therefore we can use them as means to our ends; they are considered things, in opposition to the concept of the “end in itself”. The debate is necessary, because the interpretation of these concepts described above, namely the most traditional, guide us to conclusions seem as anthropocentric and to actions that don’t consider morally nothing but the rational life. This view is against the intuitions that the interaction with the non-rational nature has a wider moral meaning. Although this is the most traditional interpretation of Kantian ethics, the Kant’s text Lectures on Ethics, and the contemporaries debates made by other authors like Christine Korsgaard and Onora O’Neill offer us different suggestions about how to think about animal ethics through Kantian ethics. From that, in this paper we propose ourselves to think if the concept of indirect duties, as Kant presented it to us can in deed answer animal ethics dilemmas.</p> <p><strong>Keywords</strong>: Animal Ethics; Ethics of Duties; Environmental Ethics</p> <p> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 115%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Data de registro: 18/07/2023</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 115%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Data de aceite: 26/04/2024</span></p>2024-10-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Laís Oliveira Rioshttps://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/70149Origem e persistência dos grupos intencionais2023-07-19T15:29:34-03:00Adriana Oliveira Alvesoliveiraadr0299@gmail.com<p><strong>Resumo</strong>: Neste artigo, discuto a origem e persistência dos grupos intencionais ao longo do tempo, defendendo que os grupos intencionais são uma consciência coletiva que possui como critério de identidade uma crença na razão de sua existência, e que persistem no tempo à medida que essa crença se faz contínua. Para isso, em ontologia social, discuto a estrutura de grupos e aplico a teoria dos estágios para tratar da persistência no contexto coletivo. Já em intencionalidade coletiva, defendo que os grupos possuem seus próprios estados mentais e aplico a teoria da continuidade psicológica para tratar da identidade de grupos. Argumento que o critério de identidade do grupo enquanto uma crença está intrinsecamente relacionada à sua origem e é o elemento que deve permanecer fixo, mesmo que o grupo sofra outras mudanças. O meu propósito é expandir as discussões filosóficas e aprimorar a nossa compreensão acerca de grupos intencionais.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Grupo Intencional; Persistência; Identidade; Ontologia Social; Intencionalidade Coletiva</p> <p><strong>Origin and persistence of intentional groups</strong></p> <p><strong>Abstract</strong>: In this article, I discuss the origin and persistence of intentional groups over time, arguing that intentional groups are a collective consciousness that has as an identity criterion a belief in the reason for their existence, and that they persist over time as this belief becomes continuous. To do this, in social ontology, I discuss the structure of groups and apply the stage theory to address persistence in the collective context. In collective intentionality, I argue that groups have their own mental states and apply the theory of psychological continuity to deal with group identity. I argue that the group's identity criterion as a belief is intrinsically related to its origin and is the element that must remain fixed, even if the group undergoes other changes. My purpose is to expand philosophical discussions and improve our understanding of intentional groups.</p> <p><strong>Keywords</strong>: Intentional Group; Persistence; Identity; Social Ontology; Collective Intentionality</p> <p> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de registro: 19/07/2023</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de aceite: 26/04/2024</span></p>2024-10-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Adriana Oliveira Alveshttps://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/72546A (in)fluência do Tractatus de Wittgenstein no pensamento Hadotiano da filosofia como modo de vida2024-02-26T16:05:45-03:00Rafael Batista Lopes de Oliveirarblopesoliveira1001@gmail.com<p><strong>Resumo</strong>: Pierre Hadot apresenta Wittgenstein como um dos filósofos que o ajudou na sua concepção de filosofia como modo de vida e como um exemplo da persistência dela para além da filosofia antiga. Assim, neste artigo, apresentamos o teor dessa (in)fluência pela obra Tractatus Logico-Philosophicus - obra situada na primeira fase do pensamento do austríaco. Para isso, esperamos mostrar, no primeiro capítulo, a leitura hadotiana da obra e, no segundo, suas recusas e aceitações a ela. Com isso, oferecemos uma ampliação do debate acerca do que é o escrito tractatiano e alguns pormenores daquele conceito do francês que marca o debate sobre o que consiste a filosofia e sua história.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Pierre Hadot; Filosofia como Modo de Vida; Wittgenstein; Tractatus Logico-Philosophicus</p> <p><strong>The (in)fluence of Wittgenstein's Tractatus in Hadotian thought of philosophy as a way of life</strong></p> <p><strong>Abstract</strong>: Pierre Hadot presents Wittgenstein as one of the philosophers who helped him in his conception of philosophy as a way of life and as an example of its persistence beyond ancient philosophy. Therefore, in this article, we present the content of this (in)fluence on the work Tractatus Logico-Philosophicus - a work located in the first phase of the Austrian's thought. To this end, we hope to show, in the first chapter, the Hadotian reading of the work and, in the second, his refusals and acceptances of it. With this, we offer an expansion of the debate about what tractatian writing is and some details of that French concept that marks the debate about what philosophy and its history consist of.</p> <p><strong>Keywords</strong>: Pierre Hadot; Philosophy as a Way of Life; Wittgenstein; Tractatus Logico-Philosophicus</p> <p> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 115%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Data de registro: 26/02/2024</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 115%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 115%;">Data de aceite: 09/07/2024</span></p>2024-10-07T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Rafael Batista Lopes de Oliveirahttps://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/72076O projeto de Martin Heidegger em “Ser e Tempo”: objetivos e método2024-01-15T10:33:19-03:00João Victor Pereira Leãojoaovictorpleao@gmail.com<p><strong>Resumo</strong>: Este artigo analisa o projeto apresentado por Martin Heidegger em Ser e Tempo de recolocação da pergunta pelo ser. Ali são estabelecidas duas tarefas prévias: a analítica existencial centrada no Dasein (ente humano), e a destruição da história da ontologia com vistas à superação dos preconceitos metafísicos consolidados na tradição filosófica. Analisar-se-á a justificativa dada por Heidegger para que a reformulação da pergunta pelo sentido do ser em geral comece pela ontologia fundamental do Dasein, bem como os argumentos que indicam a necessidade de destruição da metafísica. Analisaremos também o método proposto por Heidegger para a realização desse projeto, a fenomenologia hermenêutica, e como ela se desdobra em seu fazer prático na análise do ente humano.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Analítica Existencial; Destruição da Metafísica; Fenomenologia Hermenêutica</p> <p><strong>El proyecto de Martin Heidegger en "Ser y Tiempo: objetivos y método"</strong></p> <p><strong>Resumen</strong>: Este artículo analiza el proyecto presentado por Martin Heidegger en Ser y Tiempo para replantear la pregunta fundamental sobre el ser. Se establecen dos tareas previas: la analítica existencial centrada en el Dasein (ente humano) y la destrucción de la historia de la ontología con el objetivo de superar los prejuicios metafísicos arraigados en la tradición filosófica. Se examinará la justificación dada por Heidegger para que la reformulación de la pregunta sobre el ser comience con la ontología fundamental del Dasein, así como los argumentos que señalan la necesidad de la destrucción de la metafísica. También se analizará el método propuesto por Heidegger para llevar a cabo este proyecto, la fenomenología hermenéutica, y cómo se despliega en su aplicación práctica en el análisis del ente humano.</p> <p><strong>Keywords</strong>: Análisis Existencial; Destrucción de la Metafísica; Fenomenología Hermenéutica</p> <p> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de registro: 15/01/2024</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de aceite: 09/07/2024</span></p>2024-10-17T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 João Victor Pereira Leãohttps://seer.ufu.br/index.php/primordium/article/view/70175Epicuro e Lafargue: por um hedonismo revolucionário2023-07-21T18:50:46-03:00André Silvaandresilva.pra@hotmail.com<p><strong>Resumo</strong>: Este trabalho objetiva analisar a crítica ao capitalismo feita por Paul Lafargue (1842-1911) no opúsculo O direito à preguiça, bem como, as possíveis contribuições da ética de Epicuro a essa crítica. Para Lafargue, o capitalismo industrial é responsável por criar uma moral que coloca o trabalho como virtude e a preguiça e os prazeres como vícios. Para Epicuro (341 a.C. – 270 a.C.) apenas uma vida repleta de prazeres verdadeiros perfaz o homem livre e a vida realmente feliz. No entanto, a moral capitalista, antitética em relação àquela vigente na Grécia antiga, na qual o trabalho afigurava-se como uma atividade de menor valor, afirma o trabalho e em seguida, o consumo, como a finalidade suprema da vida humana. Como consequência dessa supervalorização do trabalho, o proletariado é convencido de que o trabalho é uma necessidade natural, classificada como atividade superior ao gozo ou como condição inalienável para o mesmo. Constatadas as convergências conceituais entre Epicuro e Lafargue, este trabalho apresenta a possibilidade de um hedonismo revolucionário, isto é, uma posição filosófica e política que desconstrói o trabalho como virtude e afirma, como virtuoso, o homem livre e apto para os prazeres verdadeiros, tais como a preguiça e a reflexão filosófica.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Capitalismo; Trabalho; Preguiça; Vício; Virtude</p> <p><strong>Epicurus and Lafargue: for one revolutionary hedonism</strong></p> <p><strong>Abstract</strong>: This work aims to analyze the criticism of capitalism made by Paul Lafargue (1842-1911) in the booklet The right to laziness, as well as the possible contributions of Epicurus' ethics to this criticism. For Lafargue, industrial capitalism is responsible for creating a morality that places work as a virtue and laziness and pleasure as vices. For Epicurus (341 B.C – 270 B.C) only a life full of true pleasures makes up a free man and a truly happy life. However, capitalist morality, antithetical to that prevailing in ancient Greece, in which work appeared as an activity of lesser value, affirms work, and then consumption, as the supreme purpose of human life. As a consequence of this overvaluation of work, the proletariat is convinced that work is a natural need, classified as an activity superior to enjoyment or as an inalienable condition for it. Having verified the conceptual convergences between Epicurus and Lafargue, this work presents the possibility of a revolutionary hedonism, that is, a philosophical and political position that deconstructs work as a virtue and affirms, as virtuous, the free man and apt for true pleasures, such as such as laziness and philosophical reflection.</p> <p><strong>Keywords</strong>: Capitalism; Work; Laziness; Addiction; Virtue</p> <p> </p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de registro: 21/07/2023</span></p> <p class="DATAREGISTROACEITE" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;"><span style="font-size: 11.0pt; line-height: 150%;">Data de aceite: 26/09/2024</span></p>2024-10-23T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 André Silva