Implicações da experimentação como aporte em atividades por problematização para compreensão do fenômeno corrosão
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O objeto de estudo deste trabalho diz respeito ao ensino-apredendizagem de conceitos químicos junto a estudantes do ensino médio, a fim de analizar contribuições da experimentação em atividades problematizadoras, voltadas para a significação de conceitos químicos associados à corrosão. Foram gravados e analisados, qualitativamente, áudios de entrevistas semiestruturadas e de observação participante. As relações observadas dos(as) participantes demonstraram articulações entre conteúdos químicos e o tema corrosão, com um avanço no estado de compreensão de tal fenômeno, o que sugeriu a (re)construção de conhecimentos e conexões com outros contextos, potencializando o desenvolvimento de sua aprendizagem, no sentido de abstração do tema em estudo. Portanto, a estratégia de ensino contribuiu para os processos cognitivos e argumentativos, nos quais a experimentação se fez propícia às articulações entre o conhecimento químico e o contexto estudado, a partir das interações promovidas em meio à problematização, conduzindo os(as) estudantes a alcançarem significação conceitual.
Downloads
Detalhes do artigo
Os trabalhos publicados são de propriedade dos seus autores, que poderão dispor deles para posteriores publicações, sempre fazendo constar a edição original (título original, Ensino em Re-Vista, volume, nº, páginas). Todos os artigos desta revista são de inteira responsabilidade de seus autores, não cabendo qualquer responsabilidade legal sobre seu conteúdo à Revista ou à EDUFU.
Referências
BARDIN, l. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2011.
BINSFELD, S. C.; AUTH, M. A. A experimentação no ensino de ciências da educação básica: constatações e desafios. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS, 8., 2011, Campinas. Anais [...]. Campinas: UNICAMP, 2011. p. 1-10.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino médio: orientações educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais – Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2002. 141 p.
CACHAPUZ, A.; GIL-PEREZ, D.; CARVALHO, A. M. P.; PRAIA, J.; VILCHES, A. (org.). A necessária renovação do ensino das ciências. São Paulo: Cortez, 2005.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 6. ed. Ijuí: Unijuí, 2014.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 11. ed. São Paulo: Cortez, 2010.
FRANCISCO JÚNIOR, W. E. Uma abordagem problematizadora para o ensino de interações intermoleculares e conceitos afins. Química Nova na Escola. São Paulo, n. 29, p. 20, fev/ago. 2008.
FRANCISCO JÚNIOR, W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação problematizadora: fundamentos teóricos e práticos para a aplicação em aulas de aula de ciências. Química Nova na Escola. São Paulo, n. 30, p. 34-41, set/nov. 2008.
GALIAZZI, M. C.; GONÇALVES, F. P. A natureza pedagógica da experimentação: uma pesquisa na licenciatura em Química. Química Nova. São Paulo, v. 27, n. 2, p. 326-331, dez. 2002/ ago. 2004. DOI: https://doi.org/10.1590/s0100-40422004000200027.
GENTIL, V. Corrosão. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.
GIANI, K. A experimentação no ensino de ciências: possibilidades e limites na busca de uma aprendizagem significativa. 2010. 190 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Ciências) – Universidade de Brasília, Brasília.
GONÇALVES, F. P. O texto de experimentação na educação em química: discursos pedagógicos e epistemológicos. 2005. 168 f. Dissertação (Mestrado em Educação Científica e Tecnológica) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005.
GUIMARÃES, C. C. Experimentação no ensino de química: caminhos e descaminhos rumo à aprendizagem significativa. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 198-200, ago. 2007/ago. 2009.
KATO, D. S.; KAWASAKI, C. S. As concepções de contextualização do ensino em documentos curriculares oficiais e de professores de ciências. Ciência e Educação, Bauru, v. 17, n. 1, p. 35-50, set. 2010/2011. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132011000100003.
LIMA, J. F. L.; PINA, M. S. L.; BARBOSA, R. M. N.; JÓFILI, Z. M. S. A contextualização no ensino de cinética química. Química Nova na Escola, São Paulo. São Paulo, n. 11, p. 26-29, 2000.
MANZINI, E. J. Entrevista semi-estruturada: análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2., 2004, Bauru. Anais [...]. Bauru: USC, 2004. p. 1-10.
MEIRIEU, P. Aprender... sim, mas como? 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
MELO, C. C.; OLIVEIRA, R. C. B.; SOUZA, A. N. A utilização da experimentação como aporte de atividades problematizadoras para a significação de conceitos químicos no ensino médio. Debates em Educação, Maceió, v. 11, n. 24, p. 84-105, mai/ago. 2019. DOI: http://dx.doi.org/10.28998/2175-6600.2019v11n24p84-105.
MERÇON, F.; GUIMARÃES, P. I. C.; MAINIER, F. B. Corrosão: um exemplo usual de fenômeno químico. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 19, p. 11-14, set. 2003/maio. 2004.
MERÇON, F.; GUIMARÃES, P. I. C.; MAINIER, F. B. Sistemas experimentais para o estudo da corrosão em metais. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 33. n. 1. p. 57-60, ago. 2010/fev. 2011.
MOREIRA, M. A.; MASINI, E. F. S. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. 1. ed. São Paulo: Centauro, 2001.
MOREIRA, M. A. Aprendizagem Significativa: da visão clássica à visão crítica. In: ENCONTRO NACIONAL DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, 1., 2005, Campo Grande. Atas [...]. Campo Grande: UNIDERP, 2005.
MOREIRA, M. A. Aprendizaje Significativo Crítico. 2. ed. Indivisa, Boletín de Estudios e Investigación, Madrid, 2 ed. n. 6, p. 83-101, 2010.
OLIVEIRA, R. C.; HARTWIG, D. R.; FERREIRA, L. H. Ensino experimental de química: uma abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 32, n. 2, p. 101-102, set. 2009/mai. 2010.
PELIZZARI, A.; KRIGL, M. L.; BARON, M. P.; FINCK, N. T. L.; DOROCINSKI, S. I. Teoria da aprendizagem significativa segundo Ausubel. PEC, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 37-42, jul. 2001/jul. 2002.
POZO, J. I.; CRESPO, M. A. G. A aprendizagem e o ensino de ciências: do conhecimento cotidiano ao conhecimento científico. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.
SANJUAN, M. E. C.; SANTOS, C. V.; MAIA, J. O.; SILVA, A. F. A; WHARTA, E. J. Maresia: uma proposta para o ensino de eletroquímica. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 190-197, abr. 2008/ ago. 2009.
SANTOS, A. O., SILVA, R. P., ANDRADE D., & LIMA, J. P. M. Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia plena, Aracajú, v.9, n. 7, p. 1-6. Dez. 2012/mar. 2013.
SILVA, R. R.; MACHADO, P. F. L; TUNES, E. Experimentar Sem Medo de Errar. In: SANTOS, W. L. P.; MALDANER, O. A (Orgs.). Ensino de Química em Foco. 1 ed. Ijuí: Unijuí, 2010. p. 231-261.
SUART, R. C. A experimentação no ensino de química: conhecimento e caminhos. In: SANTANA, E.; SILVA, E. (orgs.). Tópicos em ensino de química. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014. p. 63-78.
TEIXEIRA, Paulo M. M.; MEGID NETO, Jorge. Uma proposta de tipologia para pesquisas de natureza interventiva. Ciência & Educação, Bauru, v. 23, n. 4, p. 1055-1076, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1516-731320170040013.
WARTHA, E. J.; SILVA, E.; BEJARANO, N. R. R. Cotidiano e contextualização no ensino de Química. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 35, n. 2, p. 84–91. Ag. 2012/mai. 2013.
ZANON, L. B.; UHMANN, R. I. M. O desafio de inserir a experimentação no ensino de ciências e entender a sua função pedagógica. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 16., ENCONTRO DE EDUCAÇÃO QUÍMICA DA BAHIA, 10., Salvador. Anais [...]. Salvador: UFBA, 2012.