Educação permanente, não formal, como instrumento para a valorização e o reconhecimento do idoso: o modelo da Unati/UEM / Permanent education, no formal, as a tool for elderly appreciation and recognition: a model of UEM/UNATI

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Eliane Rose Maio
Maria Carolina Gobbi dos Santos Lolli

Resumo

O aumento da população idosa é um fenômeno mundial. Tal situação despertou a necessidade do reconhecimento dessas pessoas. Com o intuito de valorizar e garantir a participação dos mais velhos na sociedade foram criadas as universidades abertas à terceira idade. Idealizadas pelo professor Vellas, essas instituições espalharam-se pelo mundo todo e chegaram ao Brasil na década de 1980.  A Universidade Aberta da Terceira Idade, da Universidade Estadual de Maringá, criada em 2009 e guiada pelos princípios da educação permanente não formal, atualmente atende 400 alunos com idade igual ou superior a 60 anos de idade, ofertando 40 cursos gratuitos, divididos e organizados em seis eixos: “Arte e cultura”, “Processos e procedimentos comunicativos”, “Saúde física e mental”, “Meio físico e social”, “Direito e Cidadania” e “Humanidades”. A grande procura por essas instituições pode ser explicada pelo fato de representarem a oportunidade da participação social em atividades compatíveis com as reais capacidades dos idosos, sem que estes sintam constrangimento ou vergonha por participar delas.

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Como Citar
Maio, E. R., & Lolli, M. C. G. dos S. (2016). Educação permanente, não formal, como instrumento para a valorização e o reconhecimento do idoso: o modelo da Unati/UEM / Permanent education, no formal, as a tool for elderly appreciation and recognition: a model of UEM/UNATI. Ensino Em Re-Vista, 22(2), 401–410. https://doi.org/10.14393/10.14393/ER-v22n2a2015-11
Seção
ARTIGOS DE DEMANTA CONTÍNUA

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