Reterritorialização precária de posseiros como aglomerados de exclusão em resistência à territorialização das relações capitalistas de produção no espaço geográfico agrário do norte tocantinense
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT174866458Palabras clave:
Agronegócio, Conflitualidade, MaToPiBa, Poderes, Territórios em disputaResumen
O presente artigo é fruto de reflexões materialistas históricas e dialéticas em torno do contexto expresso na estrutura e dinâmica do conflito e da conflitualidade emergentes na Gleba Tauá, município de Barra do Ouro-TO. Problematiza questões oriundas da expansão e territorialização do capital do agronegócio sobre os territórios dos tradicionais povos viventes no norte do Tocantins, encontrando-se em aglomerados de exclusão reterritorializados de forma precária. Estes resistem à medida que fazem da agricultura familiar seu modo de existência e resistência à frente pioneira da economia agroindustrial moderna na fronteira amazônica. Portanto, coube a esta pesquisa engendrar uma minuciosa análise sobre o conflito e a conflitualidade que violentam pessoas todos os dias no contexto do município de Barra do Ouro-TO. Metodologicamente a estrutura quali-quantitativa desta pesquisa contou com levantamento de dados primários, fotografias e nove (9) entrevistas realizadas em duas (2) visitas a campo na comunidade da Gleba Tauá, além de revisão bibliográfica de literatura (geográfica e sociológica) relacionada ao tema dos conflitos socioterritoriais ocorridos na frente de expansão do agronegócio no Brasil. Com essência expressa na expropriação de posseiras/os que vivem neste espaço há mais de 60 anos para um exacerbado domínio e para a expansão do atual modelo monocultor agrícola, o do agronegócio, e seu insaciável plantio de commodities (soja, milho e eucalipto na maioria das vezes) – instaurado nas “sesmarias” do século XXI. Tal contexto nos leva a apontar a necessidade urgente da implantação de uma política de reforma agrária no Brasil, para que os camponeses deste país tenham seu acesso à terra livre para desempenhar seus trabalhos em sua totalidade, para não mais se omitir a existência de uma problemática social que mata pessoas todos os dias em nosso país, ao se negar a realização urgente da Reforma Agrária.
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