Educação do campo e as relações étnico-raciais
olhares para o campesinato negro
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT122613Resumen
O presente texto visa discutir as relações étnico-raciais na Educação do Campo (EC), voltando o olhar para o campesinato negro. A EC surge a partir dos movimentos sociais do campo, que buscam consolidar uma movimentação sociopolítica e cultural pela luta por uma educação que seja DO campo. Dentro dessa luta está o campesinato negro. Assim, a partir de levantamento bibliográfico e analise documental buscou-se realizar reflexões sobre a importância da EC pautar as relações étnico-raciais. Nota-se uma carência de produções que relacionam a EC e a importância de se tratar as relações étnico-raciais. A EC deve olhar de maneira mais intensa para relações étnico-raciais, pois existe um campesinato negro, que deve ser pautado de maneira mais específica, sobre seus processos históricos e culturais não só como camponeses, mas como sujeitos negros. Pontua-se, primeiro, as estruturas de opressões econômicas e sociais não perpassam somente as classe, mas as desigualdades étnico-raciais; segundo, a educação de modo geral, deve superar qualquer reprodução de desigualdade. Assim, tratar as questões das relações étnico-raciais é fundamental para consolidar uma EC potente para realizar movimentos contra-hegemônicos nas relações de desigualdade, e para consolidar uma Educação Libertadora.