Raça e gênero como categorias de análise geográfica: reflexões a partir do feminismo camponês e popular
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT206079959Palabras clave:
questão agrária, interseccionalidade, territórioResumen
O presente artigo deriva da tese de doutorado "Trabalho da mulher negra: latifúndio, raça e patriarcado na zona canavieira do Nordeste", em desenvolvimento no Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo (PGH/USP). A pesquisa investiga as relações de trabalho na zona canavieira nordestina sob a perspectiva de classe, raça e gênero, buscando compreender a inserção e o reconhecimento social do trabalho da mulher negra no campo. Assim, o estudo caracteriza as relações de trabalho nesse território, focando na atuação das trabalhadoras do campo e nas implicações de sua condição de classe, gênero e raça. As reflexões apresentadas aqui, são fruto de uma revisão bibliográfica que explora como as intersecções de raça, classe e gênero, somadas à estrutura do latifúndio, moldam o desenvolvimento do capitalismo no Brasil e como se manifesta a resistência das mulheres negras no campo, a partir da ótica do feminismo camponês e popular.
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