Fome e questão agrária
um debate a partir da realidade brasileira
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT174703Resumo
O artigo traz o debate entre fome e questão agrária procurando evidenciar a relação direta entre ambas as temáticas e o modelo de desenvolvimento hegemônico no espaço rural existente no Brasil, em que a lógica do capital define a produção, a distribuição e as culturas a serem incentivadas por parte do Estado brasileiro. Daí o fato da agricultura financiada pelo Estado estar voltada para o uso intensivo de agrotóxico e maquinário pesado, de manter a histórica concentração fundiária e priorizar a produção de commodities. O agravamento da situação de fome no mundo e no país evidencia a urgência do debate e a necessidade de aprofundar seus determinantes de maneira a promover ações não apenas emergenciais, mas estruturais. Discute-se ainda que em contraposição a esse modelo, diversos sujeitos coletivos, em especial os movimentos sociais rurais, constroem alternativas sustentáveis de relação com a terra, com o ambiente e com as comunidades rurais e, tem na agroecologia uma bandeira de luta. O artigo traz ainda as ações desenvolvidas em tempos de pandemia da COVID 19, pelo Movimento de Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) que, em consonância com a solidariedade de classe defendida, efetivou a distribuição de alimentos saudáveis para as periferias urbanas e mostrando a importância da agricultura camponesa para a produção de alimentos e combate à fome.
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