Fechamento de escolas no campo e seus rebatimentos na reprodução social camponesa

uma análise a partir do município de Moita Bonita/SE

Autores

  • Tiago Barreto Lima Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil
  • Geovanio Silva Santos Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil
  • Tereza Simone Santos de Carvalho Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT174866628

Palavras-chave:

Agronegócio, Campesinato, Educação do/no campo, Fechamento de escolas

Resumo

O campo brasileiro é historicamente marcado por contradições estruturais. Na década de 1990, por pressões dos movimentos sociais de luta pela terra, em especial, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o debate sobre uma educação do/para o campo se intensificou. De um lado, o Agronegócio buscou capitanear essas demandas dos movimentos sociais para a formação de quadros necessários ao manejo dos avanços tecnológicos voltados à sua reprodução. De outro, a Educação do Campo obteve avanços a ponto de se transformar em política pública. Concomitantemente, ante a intensificação do neoliberalismo no Brasil, observou-se o retrocesso, com o fechamento de boa parte das escolas no campo. Tendo isso em mente, objetivamos neste artigo discutir o fechamento de escolas no campo e seus desdobramentos para a reprodução camponesa tomando como referência o município de Moita Bonita – SE. A pesquisa, de cunho quali-quantitativo, contou com levantamento de dados junto aos órgãos oficiais e entrevistas semiestruturada com grupos focais. Os dados foram analisados à luz do materialismo histórico dialético e apontaram como conclusões a compreensão do fechamento de escolas no campo como expressão do modo de sociabilidade do capital, que busca negar os sujeitos e seus lugares, afirmando sua lógica sistêmica de reprodução.

 

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Biografia do Autor

Tiago Barreto Lima, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil

Graduado em Licenciatura Plena em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Prof. Alberto Carvalho em Itabaiana/Sergipe. Mestrando do Programa de Pós-Graduação de Geografia da Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. Pesquisador Voluntário no Projeto Covid-19 e a Centralidade do Trabalho Camponês (DGEI/UFS/FAPITEC-SE), sob coordenação da Profa. Dra. Josefa de Lisboa Santos. Integrante do Grupo de Pesquisa Relação Sociedade Natureza e Produção do Espaço Geográfico (PROGEO/UFS/CNPq). Membro associado da Associação de Geógrafos Brasileiros - AGB: Seção Local Aracaju - SE.

Geovanio Silva Santos, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil

Graduado no curso de Licenciatura plena em Geografia pela Universidade Federal de Sergipe, Campus Professor Alberto Carvalho. Mestrando do Programa de Pós-Graduação de Geografia da Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID/ CAPES - 2018/2019 sob a orientação do Professor Daniel Almeida da Silva. Foi também bolsista do Programa de Educação Tutorial - PET/FNDE, sob a tutoria do Professor José Hunaldo Lima no período de 2019/2021. É membro do Grupo de Pesquisa Sociedade Natureza e Produção do Espaço Geográfico - PROGEO. Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, subárea: Geografia Agrária, onde desenvolve pesquisas sobre que envolvem a Produção do Espaço Agrário, assim como o Estado, Território e Políticas Públicas.

Tereza Simone Santos de Carvalho, Universidade Federal de Sergipe (UFS), Sergipe, Brasil

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal de Sergipe (1987), Especialização em Educação Tecnológica - CEFET/MG, Especialização em Competência Pedagógica e Docência Universitária - Faculdade São Luís de França (2008), Especialização em Gestão de Mídias na Educação - Universidade Federal de Sergipe (2009), Especialização em Libras: Educação Inclusiva - Faculdade São Luís de França (2010) e Mestrado em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (2002). Atualmente é professora do Curso de Graduação em Letras-Libras da Universidade Federal de Sergipe e doutoranda em Geografia dessa instituição, pesquisando o fechamento das escolas localizadas no campo/zona rural. Foi vice-coordenadora do Observatório Nacional de Educação Especial no Estado de Sergipe. Atuou como membro da coordenação do Programa Escola da Terra no estado de Sergipe (2017-2018) e continua na segunda edição do programa (2020-2021). Tem experiência na área de Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: educação, educação infantil, educação inclusiva e surdez, formação e prática docente, currículo e diversidade cultural, tecnologia educacional/Mídias e Educação, e Educação do Campo.

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Publicado

03-02-2023

Como Citar

LIMA, T. B.; SANTOS, G. S.; CARVALHO, T. S. S. de. Fechamento de escolas no campo e seus rebatimentos na reprodução social camponesa: uma análise a partir do município de Moita Bonita/SE. Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 17, n. 48, p. 193–216, 2023. DOI: 10.14393/RCT174866628. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/66628. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos