Fechamento de escolas no campo e seus rebatimentos na reprodução social camponesa
uma análise a partir do município de Moita Bonita/SE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT174866628Palavras-chave:
Agronegócio, Campesinato, Educação do/no campo, Fechamento de escolasResumo
O campo brasileiro é historicamente marcado por contradições estruturais. Na década de 1990, por pressões dos movimentos sociais de luta pela terra, em especial, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o debate sobre uma educação do/para o campo se intensificou. De um lado, o Agronegócio buscou capitanear essas demandas dos movimentos sociais para a formação de quadros necessários ao manejo dos avanços tecnológicos voltados à sua reprodução. De outro, a Educação do Campo obteve avanços a ponto de se transformar em política pública. Concomitantemente, ante a intensificação do neoliberalismo no Brasil, observou-se o retrocesso, com o fechamento de boa parte das escolas no campo. Tendo isso em mente, objetivamos neste artigo discutir o fechamento de escolas no campo e seus desdobramentos para a reprodução camponesa tomando como referência o município de Moita Bonita – SE. A pesquisa, de cunho quali-quantitativo, contou com levantamento de dados junto aos órgãos oficiais e entrevistas semiestruturada com grupos focais. Os dados foram analisados à luz do materialismo histórico dialético e apontaram como conclusões a compreensão do fechamento de escolas no campo como expressão do modo de sociabilidade do capital, que busca negar os sujeitos e seus lugares, afirmando sua lógica sistêmica de reprodução.
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