Processos em disputa no conflito socioambiental da UHE Formoso
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT174410Resumo
O presente trabalho tem como objetivo analisar e identificar processos e mecanismos que se colocam no conflito socioambiental da UHE Formoso em Buritizeiro/MG. Para tal, conta-se com uma análise documental e processual do licenciamento e demais atividades realizadas por pelo Coletivo Velho Chico Vive, e, com revisão bibliográfica para o estudo do caso. Diante da análise foi possível identificar que o projeto está em consonância com as políticas econômicas neoextrativistas inseridas no circuito de produção capitalista. Ademais, nota-se que o conflito revela não somente a disputa territorial, com viés institucional e Estatal, e outro que se articula na organização popular, mas também a própria concepção de natureza e do rio, enquanto recurso energético de um lado e de outro, pertencente a cosmologia e aos modos de vida tradicional. Conclui-se dessa forma, que o empreendimento ultrapassa limites da natureza, invisibilizando a população afetada, desconsiderando seus direitos e modos de vida, desrespeitando tratados internacionais em uma situação social da qual os movimentos sociais se tornam potência para a justiça social e ambiental.
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