Territorialidade camponesa e o bem viver agroecológico
o caso do assentamento Contestado em Lapa, Paraná
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT164110Resumo
Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que buscou analisar o papel da Agroecologia na construção do Bem Viver, tomando como referência empírica a territorialidade camponesa. Propõe-se apresentar um construto do Bem Viver Camponês Agroecológico, elaborado a partir da interface e da correlação dos elementos identificados na bibliografia com aqueles observados em campo. A metodologia empregada na pesquisa articulou revisão teórica com trabalho de campo. Como recorte empírico, adotou-se a experiência do assentamento Contestado, localizado no município da Lapa, Paraná. Os resultados permitem considerar o assentamento Contestado um experimento real, em que os/as camponeses/as (re)existem e se organizam, para produzir, para pensar e para viver agroecologicamente, passando a manifestar novas formas de se relacionar entre si, com a natureza e com o território. Os elementos constitutivos do Bem Viver Camponês Agroecológico, apontados como tendência no assentamento, foram: racionalidade ambiental, emancipação humana, convivencialidade, soberania alimentar e promoção da saúde.