Faces do Brasil: múltiplas dimensões de ruralidades
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCT61112113Palavras-chave:
Dicotomia urbano-rural, Identidades sócio-espaciais, TerritóriosResumo
No acontecer do século XX houve, no Brasil, um processo de desterritorialização com acentuada mobilidade espacial da sua população rural. A urbanização acelerada no decorrer, principalmente, dos anos de 1950 a 1980 estruturou, na sociedade brasileira, a dicotomia rural-urbana. Produziram-se complexos recortes territoriais em um caleidoscópio de uso e ocupação do solo rural e urbano. Arquitetou-se um discurso sectarista, do espaço rural e suas ruralidades, a partir dos interesses do agronegócio industrial subestimando-se, por conseguinte, os cotidianos de um rural vívido em termos culturais, políticos, ambientais, sociais e econômicos da agricultura familiar. Nesta complexidade histórica e geográfica, do espaço rural brasileiro, produziram-se crônicas de representações sociais e de modos de vida. Contudo, o País manteve-se refém da dualidade atrasado e moderno que nublou, pela via economicista, o entendimento amplo da sua realidade do espaço rural. Configurou-se, assim, uma visão obtusa dos espaços rurais da agricultura familiar. Uma visão fragmentada a partir de um escopo desenvolvimentista autoritário, dos programas de investimentos econômicos setoriais e de políticas públicas descontextualizadas.Downloads
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Publicado
02-03-2011
Como Citar
QUEIROZ NETO, E.; PIANA, M.; BERGAMASCO, S. M. P. P. Faces do Brasil: múltiplas dimensões de ruralidades . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 6, n. 11 Fev., p. 131–160, 2011. DOI: 10.14393/RCT61112113. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/12113. Acesso em: 14 nov. 2024.
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