A expansão da cana-de-açúcar no espaço alagoano e suas conseqüências sobre o meio ambiente e a identidade cultural

Autores

  • André Luiz da Silva Santos Universidade Federal de Pernambuco
  • Eugênia Cristina Gonçalves Pereira Universidade Federal de Pernambuco
  • Laise de Holanda Cavalcanti Andrade Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCT2411824

Palavras-chave:

Ocupação espacial, modernização agroindustrial, cana-de-açúcar, degradação ambiental, identidade cultural

Resumo

A expansão da cana-de-açúcar no estado de Alagoas se deu mediante a uma adaptação aos condicionantes naturais. O seu cultivo só deixou as terras da planície costeira em direção aos tabuleiros devido a dois estímulos externos: a demanda internacional e o alto preço alcançado pelo açúcar. Esta condição despertou no governo brasileiro a necessidade de aumentar as áreas de cultivo. Os incentivos públicos concedidos através dos programas - IAA, PLANALSUCAR e PROÁLCOOL -, criaram as condições técnicas para o avanço do plantio em áreas de fertilidade baixa e declividade acentuada, até então impróprias ao cultivo. As sucessivas crises do setor pela diminuição da demanda do açúcar e o aumento da concorrência internacional obrigaram o setor sucro-alcooleiro a passar por uma reestruturação. Os ciclos de expansão da monocultura, sobretudo, devido aos incentivos federais, foram responsáveis pelo desmatamento de grande parte da cobertura original do território alagoano. Além deste impacto principal, seguiram-se outros ligados ao processamento da cana para a fabricação de açúcar e álcool anidro. Por fim, se constatou que a expansão do setor sucro-alcooleiro e, a consequente diminuição dos recursos naturais, também repercutiam na identidade cultural.

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Publicado

04-04-2008

Como Citar

SANTOS, A. L. da S.; PEREIRA, E. C. G.; ANDRADE, L. de H. C. A expansão da cana-de-açúcar no espaço alagoano e suas conseqüências sobre o meio ambiente e a identidade cultural . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 2, n. 4 Ago., p. 19–37, 2008. DOI: 10.14393/RCT2411824. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/11824. Acesso em: 16 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos