CORRELAÇÃO ENTRE OS CASOS DE DENGUE E AS VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS NO MUNICÍPIO DE HUMAITÁ/AM

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG2610777579

Palavras-chave:

Aedes aegypti, Precipitação, Temperatura, Umidade Relativa, Sul do Amazonas

Resumo

A dengue, doença viral transmitida por mosquitos, é influenciada por variáveis climáticas. O objetivo foi relacionar os casos da doença com variáveis meteorológicas, em Humaitá (AM) com dados dos anos de 2020 a 2023. Os casos de dengue foram acessados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). As variáveis precipitação, temperatura e umidade são do European Centre for Medium-Range Weather Forecasts (ECMWF). Foram utilizados o teste de Shapiro-Wilk, a estatística descritiva, o coeficiente de incidência e o coeficiente de correlação de Spearman. Os picos de dengue ocorreram em fevereiro e março de 2023, e em março de 2021. A correlação da precipitação apresentou "r = 0,61"; "p-valor = 0,00001" com dois meses de defasagem; a da temperatura, "r = -0,55"; "p-valor < 0,00005" com um mês de atraso; e a da umidade relativa do ar, "r = 0,59"; "p-valor = 0,00001" com um mês de defasagem.  A correlação entre os casos de dengue e as variáveis meteorológicas indica que a doença está diretamente associada à precipitação e à umidade relativa do ar, e inversamente associada à temperatura do ar. A correlação foi fraca quando aplicada no mesmo mês, mas moderada quando aplicada com defasagem.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Beatriz de Souza Gomes, Universidade Federal do Amazonas

    Graduanda do curso de Engenharia Ambiental (Instituto de Educação Agricultura e Ambiente - IEAA).

  • Carlos Alexandre Santos Querino, Universidade Federal do Amazonas

    Meteorologista, Prof. Adjunto IV da Universidade Federal do Amazonas - UFAM, vinculado Instituto de Educação Agricultura e Ambiente - IEAA. Possui graduação e mestrado em meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2003) e (2006), Doutorado em Física Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso (2016) e Pós-doutorado em Ciências Ambientais pela UFG. Atualmente coordena o Laboratório de Tempo e Clima do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente - IEAA e é vice coordenador do Grupo de Pesquisa em Interação Biosfera Atmosfera na Amazônia - GPIBA.

  • Juliane Kayse Albuquerque da Silva Querino, Universidade Federal do Amazonas

    Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (2003), onde trabalhou com os dados de radiação solar do projeto LBA comparando o comportamento desta variável em área de pastagem. Em junho de 2006 concluiu o curso de mestrado em meteorologia, também pela Universidade Federal de Alagoas – UFAL. Doutora em Física Ambiental (2017) pelo programa de Pós-Graduação em Física Ambiental da Universidade Federal do Mato Grosso-UFMT.

  • Luciano Augusto Souza Rohleder, Universidade Federal do Amazonas

    Possui graduação em Medicina Veterinária pelo Centro Universitário Nilton Lins (2006). Mestrado em Ciências Ambientais 2022 (PPGCA-UFAM), professor Adjunto III da Universidade Federal do Amazonas. Tem experiência na área de Medicina Veterinária, atuando em Reprodução animal, Fisiopatologia da Reprodução, Inseminação Artificial, Produção animal. Forragens e Conforto Térmico Animal. Atualmente é doutorando no Programa de Pós-graduação em Zootecnia na Universidade Federal de Viçosa-UFV.

  • Marcos Antônio Lima Moura, Universidade Federal de Alagoas

    Professor titular no Instituto de Ciências Atmosféricas da UFAL. Possui graduação em Meteorologia pela Universidade Federal de Alagoas (1984), Estudos de Aprofundamento em Meteorologia no Instituto de Meteorologia da Universidade de Hannover (Alemanha) com Especialização em Recursos Hídricos pela Universidade de Hannover (Alemanha) entre 1986 e 1989, Mestrado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1992) e Doutorado em Agronomia (Energia na Agricultura) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000).

  • Lauriane Souza Alves, Universidade Federal do Amazonas

    Engenheira Ambiental (Instituto de Educação Agricultura e Ambiente - IEAA) e Mestranda em Ciências Ambientais (Programa de Pós-graduação em Ciências Ambientais- PPGCA).

Downloads

Publicado

14-10-2025

Edição

v. 26 n. 107 (2025): Outubro

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2025 Beatriz de Souza Gomes, Carlos Alexandre do Santos Querino, Juliane Kayse Albuquerque da Silva Querino, Luciano Augusto Souza Rohleder, Marcos Antônio Lima Moura, Lauriane Souza Alves

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos: a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à  revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional. b) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado. c) Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.

Como Citar

GOMES, Beatriz de Souza; QUERINO, Carlos Alexandre Santos; QUERINO, Juliane Kayse Albuquerque da Silva; ROHLEDER, Luciano Augusto Souza; MOURA, Marcos Antônio Lima; ALVES, Lauriane Souza. CORRELAÇÃO ENTRE OS CASOS DE DENGUE E AS VARIÁVEIS METEOROLÓGICAS NO MUNICÍPIO DE HUMAITÁ/AM. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 26, n. 107, p. 113–128, 2025. DOI: 10.14393/RCG2610777579. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/77579. Acesso em: 5 dez. 2025.