GEOGRAFIAS CULTURAIS NO/DO PLANTATIONOCENO
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG249466421Palavras-chave:
Imaginário, Distopia, Ruínas, Precariedade, Realidade GeográficaResumo
As crises socioambientais decorrentes das mudanças climáticas têm impelido as ciências humanas a refletirem sobre as condições experienciais das catástrofes que se multiplicam e intensificam. Nesse sentido, questiona-se o caráter genérico da humanidade implicada no “Antropo” de Antropoceno e explicita-se a potencialidade explicativa do conceito de Plantationoceno como sua alternativa. Ele apresenta um modo abrangente de compreensão dos arranjos de precariedade do presente por situar as distopias dessa época como decorrências do sistema plantation. O presente ensaio visa problematizar as realidades geográficas apocalípticas do Plantationoceno e as maneiras pelas quais os geógrafos culturais têm respondido às questões por elas suscitadas. Para tanto, ele procede por uma investigação bibliográfica interdisciplinar que articula Geografia, Antropologia e Filosofia. Considera-se que enfrentar as condições de co-vulnerabilidade dessa época envolve a valorização de imaginários geográficos de intersubjetividade e intercorporeidade multi-espécies. Ao enovelar experiências, sentidos e práticas humanas e não-humanas, torna-se possível compreender dinâmicas de coabitação terrestre que ofertam olhares caleidoscópicos contrapostos à hegemonia antropocêntrica das reverberações das plantations. Conclui-se que transcender os arruinamentos e as precariedades de (sobre)vivência no Plantationoceno solicita a constituição de geografias culturais que prezem a convivialidade de imaginações geográficas pluritópicas e heterogêneas.
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