ENCONTRO DAS ÁGUAS E DOS VERSOS: O POEMA COMO RELATO DA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG238960630Palavras-chave:
Patrimônio natural, Rio Tietê, Salto das Sete Quedas, PaisagemResumo
O texto poético pode expressar o valor simbólico cultural de uma dada paisagem, além de, simultaneamente, salientar as ações humanas que as alteram. Este trabalho analisou a percepção poética e simbólica das paisagens descritas nos poemas A meditação sobre o Tietê, escrito por Mário de Andrade, e Adeus a Sete Quedas, de Carlos Drummond de Andrade. O intuito foi o de verificar os atributos que ensejam as valorizações culturais do rio Tietê e dos Saltos das Sete Quedas. As linhas a seguir também versam sobre os condicionantes envolvidos na degradação ambiental e submersão, no caso dos Saltos das Sete Quedas, desses potenciais patrimônios naturais e paisagísticos. Selecionaram-se alguns versos que remetem ao valor cultural da natureza, juntamente com as degradações ambientais relatadas pelos textos, os quais foram correlacionados aos contextos históricos, econômicos, políticos e sociais envolvidos na dilapidação daqueles potenciais objetos culturais. Efetuou-se também o levantamento de documentos cartográficos e iconográficos para ilustrar o conteúdo simbólico das paisagens. Por fim, procurou-se fundamentar os textos no espectro dos materiais que denunciam a ruptura do significado simbólico cultural dos elementos paisagísticos.
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