EXPANSÃO TERRITORIAL DO DENDÊ E RESISTÊNCIA CAMPONESA NO NORDESTE PARAENSE
DOI:
https://doi.org/10.14393/RCG175713Keywords:
Agricultura camponesa, Agronegócio, TerritorializaçãoAbstract
Em um contexto mundial de corrida por novas fontes de energias que suprissem a demanda energética no mundo industrializado e reduzissem os impactos ambientais, a produção do agrocombustível tornou-se uma das principais ambições do governo brasileiro nos anos de 1990. Em 2004, é lançado o Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) em conjunto com o Selo Combustível Social (SCS) com o intuito de expandir o cultivo da palma e a obrigação de incluir famílias camponesas no sistema produtivo. Esta tentativa de territorialização do capital, entretanto, não se dá de maneira homogênea e sem consequência na escala local. Desta forma, pretende-se neste artigo desvendar o processo de expansão da produção do dendê no nordeste paraense e suas implicações para a agricultura camponesa. A partir dos resultados obtidos, se questiona a ideia de desenvolvimento sustentável do PNPB, tal como, a noção de modernidade promulgada pelo agronegócio. A metodologia pautou-se no levantamento bibliográfico, documental e fotográfico, além do trabalho de campo, quando foram realizadas entrevistas.
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