GEOPARQUES MUNDIAIS DA UNESCO NO BRASIL: NOVAS FORMAS DE GESTÃO INTEGRADA DOS TERRITÓRIOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG2510070678

Palavras-chave:

Planejamento territorial, Geoconservação, Bottom-up

Resumo

Geoparques podem ser considerados “novas” formas de Gestão Integrada do Território (GIT) e foram estabelecidos no Brasil a partir de 2006. Estes territórios têm como papel fundamental a proteção do patrimônio geológico, aliada à sustentabilidade do ambiente em que estão inseridos. Desta maneira, necessitam de uma forma de gestão compartilhada que atenda a todos os objetivos estabelecidos pelo Programa Internacional de Geociências e Geoparques da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que certifica um território enquanto Geoparque Mundial. No Brasil há cinco Geoparques chancelados, os quais apresentam formas de gestão diferentes entre eles, porém, com algumas semelhanças. O objetivo deste texto é analisar o conceito de geoparque estabelecido no Brasil e suas formas de gestão territorial com base na teoria da GIT. Para alcançar tais objetivos recorre-se aos métodos de pesquisa bibliográfica e documental, a partir dos quais foi realizado um levantamento documental com base nos dossiês de aplicação dos Geoparques junto à UNESCO. A pesquisa apontou que embora haja uma variedade de formas de gestão apontadas a nível mundial, no Brasil destaca-se uma aproximação com o modelo de Consórcios Públicos Intermunicipais. Há também em comum entre estes territórios no Brasil a consolidação de organismos de organização geral (assembleia geral ou conselhos administrativos) e uma equipe técnica atuando nestes territórios.

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Biografia do Autor

José Gustavo Santos da Silva, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutorando em Ciências Ambientais (PPGCA/UNESC). Mestre em Ciências Ambientais pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais da Universidade do Extremo Sul Catarinense (PPGCA/UNESC). Graduado em Geografia (licenciatura) pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC). É professor III (Geografia) efetivo da Secretária Municipal de Educação de Criciúma. É integrante do Laboratório de Planejamento e Gestão Territorial - LabPGT e pesquisador associado ao Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schimitz - LAPIS e ao Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão Integrada do Território. Atua como pesquisador com interesse nas áreas de geoprocessamento, sistemas de informação geográfica, sensoriamento remoto, gestão territorial e turismo. Vem atuando principalmente nos seguintes temas: Análise de cobertura e uso da terra, planejamento territorial em bacias hidrográficas, geografia escolar, turismo sustentável, geoturismo em territórios de Geoparques.

Ricardo Eustáquio Fonseca Filho, Universidade Federal do Delta do Parnaíba

Possui doutorado em Ciências Naturais, graduação em Turismo e em Geografia. Atua nas linhas de pesquisa: ecoturismo, geoturismo, turismo em áreas protegidas, geografia do turismo e patrimônio natural. Professor da Universidade Federal do Delta do Parnaíba - UFDPar.

Marcos Antonio Leite do Nascimento, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1998), com mestrado (2000) e doutorado (2003) em Geodinâmica pelo PPGG/UFRN. Foi geólogo do Serviço Geológico do Brasil - CPRM entre 2007 e 2009, onde coordenou o Projeto Monumentos Geológicos do Rio Grande do Norte e foi membro suplente da CPRM na Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleontológicos - SIGEP. Atualmente é Professor Associado III do Departamento de Geologia da UFRN. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Petrologia Ígnea, Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo. Pesquisa em temas como Levantamento do Patrimônio Geológico Potiguar com fins a Geoconservação; Seridó Geoparque Mundial da UNESCO e Magmatismo Ediacarano no Rio Grande do Norte. É autor de vários artigos científicos nacionais e internacionais, publicou o primeiro livro brasileiro dedicado ao tema - Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo: trinômio importante para a proteção do patrimônio geológico -, além dos livros Geodiversidade na Arte Rupestre no Seridó Potiguar e Geoparque Seridó: geodiversidade e patrimônio geológico no interior potiguar, dentre outros como coautor. 

Juliano Bitencourt Campos, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Doutor em Quaternário, Materiais e Culturas pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto-Douro, Portugal (UTAD/2015), com reconhecimento de diploma no Brasil de Doutor em Arqueologia pelo Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP/2016). Mestre em Ciências Ambientais pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC/2010). Especialização em Arqueologia pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai (URI/2008). Graduado em História (UNESC/2002). Atualmente é Professor Permanente no Programa de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Ciências Ambientais, da Universidade do Extremo Sul Catarinense (PPGCA/UNESC). Bolsista de produtividade em pesquisa, nível 2 do CNPQ. Professor Associado dos Departamentos de História, Geografia, Gestão de Turismo e Ciências Biológicas da UNESC. Pesquisador do Laboratório de Arqueologia Pedro Ignácio Schmitz (LAPIS/UNESC) e do Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão Integrada do Território Certificado pela UNESC e pelo CNPq. Pesquisador do Núcleo de Estudos Étnico-raciais, Afro-brasileiros, indígenas e de Minorias (NEAB/UNESC). Membro do Comitê Educacional e Cientifico (CEC) do Geoparque Mundial da UNESCO Caminhos dos Cânions do Sul.

Nilzo Ivo Ladwig, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Geografia Bacharelado pela Universidade Federal de Santa Maria (1992), graduação em Geografia Licenciatura pela Universidade Federal de Santa Maria (1993), mestrado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e doutorado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Santa Catarina (2006). Atualmente é pesquisador colaborador da Universidade de Coimbra e membro colaborador do Programa de Pós Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Engenharia Civil, com ênfase em Planejamento Ambiental e Gestão Territorial, atuando principalmente nos seguintes temas: cartografia e geoprocessamento, planejamento regional e urbano, desenvolvimento sustentável, gestão territorial e desenvolvimento territorial sustentável. 

Álvaro José Back, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal de Santa Catarina (1986), mestrado em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Viçosa (1989), doutorado em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1997) e Pós-Doutorado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2017). Atualmente é professor titular da Universidade do Extremo Sul Catarinense e pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina.

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Publicado

01-08-2024

Como Citar

SILVA, J. G. S. da; FONSECA FILHO, R. E.; NASCIMENTO, M. A. L. do; CAMPOS, J. B.; LADWIG, N. I.; BACK, Álvaro J. GEOPARQUES MUNDIAIS DA UNESCO NO BRASIL: NOVAS FORMAS DE GESTÃO INTEGRADA DOS TERRITÓRIOS. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 25, n. 100, p. 176–195, 2024. DOI: 10.14393/RCG2510070678. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/70678. Acesso em: 20 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos