CONFLITOS TERRITORIAIS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: GÊNESE, AÇÕES E PROCESSOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG249567197

Palavras-chave:

Conflitos territoriais, Semiárido brasileiro, Campesinato, Territorialização, Territorialidade

Resumo

Os conflitos territoriais são partes intrínsecas à formação territorial do semiárido brasileiro, sendo produzidos por diferentes sujeitos com interesses antagônicos ao longo da história. O objetivo desse texto é refletir acerca do processo histórico de produção dos conflitos territoriais no semiárido brasileiro através das ações de territorialização dos sujeitos no espaço. Foram utilizados para o desenvolvimento desse estudo a coleta e sistematização de dados secundários, aquisição de informações sobre empresas, órgãos públicos e organizações sociais, a realização de trabalhos de campo e a pesquisa bibliográfica. Foi constatado que os conflitos territoriais são produzidos no semiárido brasileiro através das práticas de violência das classes dominantes (capitalistas e latifundiários) e das práticas de resistência do campesinato. As territorializações promovidas pelos diferentes sujeitos são movidas pela tentativa de apropriação não do território em si, mas de suas dimensões (naturais, econômicas, sociais, culturais, etc.) e atributos (solo, água, trabalho, vegetação, minerais, etc.), que devem ser consideradas de maneira integrada. A leitura geográfica permite a compreensão de forma articulada das diversas ações manifestadas pelos diferentes sujeitos nos processos de territorialização, os quais geram territorialidades com significados que refletem as características dos sujeitos que as produziram. Os conflitos territoriais são, portanto, a expressão das ações de territorialização dos sujeitos no espaço.

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Biografia do Autor

José Carlos Dantas, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte

Possui bacharelado e licenciatura em Geografia pela Universidade Federal da Paraíba - UFPB. Possui mestrado em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG da UFPB. Possui doutorado em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia - PPGG da Universidade Estadual Paulista - UNESP, campus Presidente Prudente. Atualmente é Professor Substituto do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) - Campus João Câmara. Desenvolve pesquisas, sobretudo, nas áreas de Geografia Agrária e Recursos Hídricos, com ênfase no semiárido brasileiro.

Carlos Alberto Feliciano, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho

Bacharel e licenciado em Geografia pela USP (1999), com Mestrado (2003) e Doutorado (2009) pelo Programa de Pós Graduação em Geografia Humana/USP. Exerceu cargo de Ouvidor da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo, instituição pública vinculada a Secretaria de Justiça e da Defesa da Cidadania do Estado de São Paulo, no período de 2007 a 2008. Possui experiência na área de Geografia, com ênfase em Geografia Humana, atuando principalmente nos seguintes temas: geografia agrária, reforma agrária, ensino, políticas ambientais e cartografia. Autor do livro "Movimento Camponês Rebelde: A Reforma Agrária no Brasil", publicado pela Editora Contexto, em 2006. Atuou como prof. Adjunto do Departamento de Ciencias Geograficas da Universidade Federal de Pernambuco. Foi coordenador da Cátedra Gilberto Freyre da Universidade Federal de Pernambuco. Credenciado nos programas de Pós-Grauduçao em Geografia da UNESP/PP e PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL NA AMÉRICA LATINA E CARIBE - UNESP. Atualmente concursado como Pesquisador III da Faculdade de Ciências e Tecnologia, Campus de Presidente Prudente, Universidade Estadual Paulista - UNESP. Coordenador do Nucleo de Estudos sobre Agroecologia do Pontal do Paranapanema- NEAPO.

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Publicado

02-10-2023

Como Citar

DANTAS, J. C.; FELICIANO, C. A. CONFLITOS TERRITORIAIS NO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: GÊNESE, AÇÕES E PROCESSOS. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 24, n. 95, p. 237–259, 2023. DOI: 10.14393/RCG249567197. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/67197. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos