PROCESSOS HIDROGEOMORFOLÓGICOS EM ÁREAS DE EXPANSÃO URBANA: UM ESTUDO ACERCA DE LOTEAMENTOS IMPLANTADOS A PARTIR DE 2004 NA CIDADE DE CHAPECÓ/SC

Resumo

A especialização das áreas do conhecimento e os estudos voltados para o urbano tem recebido atenção nas últimas décadas, principalmente, pela relevância das áreas urbanas como local de moradia da maior parte da população mundial. A influência da urbanização no ciclo hidrológico e as interações com o relevo demonstram a necessidade de se conhecer como a ocupação urbana afeta os processos hidrogeomorfológicos. Segundo a literatura clássica, o desenvolvimento urbano pode ser dividido em três estágios distintos, cada qual, com respostas hidrogeomorfológicas igualmente distintas. Para verificar essa questão em Chapecó, no oeste catarinense, selecionou-se 12 loteamentos, observados em quatro temporalidades (2006, 2012, 2018 e 2021), com o objetivo de identificar os processos hidrogeomorfológicos atuantes nos diferentes estágios de ocupação apresentados por Wolman (1967).  A partir da análise de imagens de satélite e de visitas em campo, constatou-se que os três estágios descritos na literatura nem sempre acontecem em sequência, pois o tecido urbano é construído a partir da anexação de novas áreas que se conectam a outras com diferentes graus de desenvolvimento. Outro aspecto relevante é que um mesmo local pode manifestar diferentes contextos simultaneamente, já que a consolidação do loteamento, ainda que rápida, em alguns casos, não é homogênea.