A TERRITORIALIDADE NA PERSPECTIVA DO POVO MUNDURUKU: TERRA INDÍGENA COATÁ-LARANJAL EM BORBA - AMAZONAS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.14393/RCG249365343

Palavras-chave:

Amazônia, Espaço Indígena, Identidade, Percepção Territorial, Povo Wuy jugu

Resumo

O propósito deste trabalho é apresentar a noção de territorialidade a partir da percepção do povo Munduruku, que vive no município de Borba, estado do Amazonas, e analisar, sobretudo, as relações do modo de pensar o lugar atualmente. Evidencia-se que o território consiste em um espaço de pertencimento étnico, no qual estão inseridos os fenômenos históricos tanto concreto quanto abstrato, preservados na paisagem territorial indígena. O pertencimento cultural, simbólico e social que um determinado povo originário estabelece com seu meio de viver se dá pela permanência do lugar. Os Munduruku, neste sentido, são os verdadeiros sujeitos que estabeleceram essa ligação com a natureza, sendo ela entendida como parte do corpo humano que precisa ser cuidado. Este trabalho se insere nos estudos de grande importância na Geografia Cultural e, como resultado, mostra que o espaço vivenciado pelo Munduruku carrega um autocuidado ancestral, principalmente sobre a terra, visto por meio cultural e por experiência subjetiva étnica. As reflexões e os resultados encontram-se ancorados na pesquisa qualitativa, mediante abordagem que considera as relações e experiências (vividas e subjetivas) das pessoas e do coletivo com seus respectivos significados.

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Biografia do Autor

Estélio Lopes Cardoso, Universidade Federal de Rondônia

Indígena do Povo Munduruku. Licenciado em Geografia pela Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Discente de Mestrado no Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia-PPGG na Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Geografia, Natureza e Territorialidades Humanas - GENTEH/UNIR.

Ytanajé Coelho Cardoso, Universidade Federal do Amazonas

Indígena do Povo Munduruku. Graduado em Letras - Língua Portuguesa pela Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Mestre em Letras e Artes pela UEA. Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Escolar Indigena e Etnografia. 

Ana Paulina Aguiar Soares, Universidade Estadual do Amazonas

Graduada em Serviço Social pela Universidade Federal do Amazonas - UFAM. Mestra em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo - USP. Doutora em  pela Doutorado e Desenvolvimento do Território pela Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 - França e reconhecido como Geografia Humana  pela Universidade de São Paulo - USP. Professora do Departamento de Geografia (Licenciatura) pela Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Integrante do Grupo de Pesquisa Dabukuri - Planejamento e Gestão do Território na Amazonia. 

Adnilson de Almeida Silva, Universidade Federal de Rondônia

Licenciado, Mestre, Doutor e Pós-Doutor em Geografia. Docente do Departamento de Geografia e do Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado em Geografia (PPGG) na Universidade Federal de Rondônia - UNIR. Coordenador do Grupo de Pesquisa Geografia, Natureza e Territorialidades Humanas - GENTEH.

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Publicado

12-06-2023

Como Citar

CARDOSO, E. L.; CARDOSO, Y. C.; SOARES, A. P. A.; SILVA, A. de A. A TERRITORIALIDADE NA PERSPECTIVA DO POVO MUNDURUKU: TERRA INDÍGENA COATÁ-LARANJAL EM BORBA - AMAZONAS. Caminhos de Geografia, Uberlândia, v. 24, n. 93, p. 119–131, 2023. DOI: 10.14393/RCG249365343. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/caminhosdegeografia/article/view/65343. Acesso em: 30 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos